White Label: entenda o que é, como funciona na prática e quais os impactos para empresas!
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Time Pontotel 4 de junho de 2024 Controle de ponto
White Label: entenda o que é, como funciona na prática e quais os impactos para empresas!
White Label é um modelo de negócio muito presente nos dias de hoje, capaz de trazer ganhos importantes às empresas. Leia mais e saiba tudo sobre o assunto.
Imagem de White Label: entenda o que é, como funciona na prática e quais os impactos para empresas!

White Label é um conceito muito presente atualmente e faz parte da dinâmica do mercado atual. É um modelo de negócio que facilita a inovação e que oferece facilidades a marcas e clientes.

O modelo corresponde a empresas que compram produtos “de etiqueta branca” de outras especializadas no ramo e colocam a própria marca nesses produtos, agregando o valor necessário ao seu público.

No ambiente digital, por exemplo, é uma saída interessante para que empresas comecem suas atividades, sem que elas precisem gastar muito tempo e dinheiro desenvolvendo seus softwares e outras plataformas.

Para explicar tudo o que envolve este tema, este artigo foi separado conforme os tópicos abaixo:

Boa leitura!

O que é White Label?

White Label, ou “etiqueta branca”, é um modelo de negócio que possibilita que uma empresa não precise investir para criar novos produtos e expandir suas atividades. A empresa compra de outros produtores e realiza a venda ao seu público, colocando a própria marca nos produtos.

É um tipo de parceria comercial que favorece ambas as partes envolvidas, e é comum em diversos setores, como de vestuários, alimentos, eletrônicos e, mais recentemente, em atividades como o desenvolvimento de softwares, de plataformas e de outros serviços digitais.

A solução White Label funciona da seguinte forma: o produto — ou a solução — é encomendado e entregue pronto, e a empresa ainda consegue personalizá-lo de acordo com sua identidade visual e estratégia de mercado.

Para que serve?

Um modelo de negócio White Label gera muitas vantagens para aqueles que estão envolvidos. Para a empresa compradora da solução, por exemplo, optar por esta modalidade serve para otimizar o tempo e reduzir o investimento necessário para a produção. 

Desta forma, a empresa se concentra em desenvolver aquilo que ela já conhece e domina, em novas estratégias e adquire uma visão sistêmica do negócio, deixando que algumas de suas necessidades sejam supridas por produtos ou soluções digitais desenvolvidas fora, por empresas especializadas naquela determinada atividade.

Já para as empresas de White Label, as vantagens são de poder vender soluções muito especializadas e que se destacam no mercado. Importante lembrar que uma empresa White Label não vende com contrato de exclusividade.

Direitos autorais e white label

Quando falamos em White Label, é essencial considerar a questão dos direitos autorais. De acordo com a Lei 9.610/98, conhecida como Lei dos Direitos Autorais, a autoria de uma obra intelectual é garantida ao criador, independente de contratos de utilização ou comercialização.

No contexto do White Label, a empresa que desenvolve o produto ou serviço mantém os direitos de autoria. No entanto, ao vender suas soluções para outras empresas que as rebrandam, deve haver clareza sobre os direitos autorais envolvidos, garantindo que os produtores originais sejam devidamente reconhecidos e protegidos contra possíveis infrações de direitos.

Essa proteção é fundamental para manter a integridade e a justiça no mercado de White Label, assegurando que todos os criadores recebam o devido crédito e compensação pelo seu trabalho.

Como surgiu o White Label?

Mesa de som com um fone de ouvido em cima

As primeiras manifestações de White Label datam os anos 1980, no contexto do hip-hop americano, quando as gravadoras começaram a enviar CDs com músicas já prontas a cantores famosos, para que eles tocassem em seus shows.

As músicas não eram desses cantores, mas, como eles precisavam sempre de novidades para seus shows, apropriaram-se e conferiram visibilidade a elas.

Mais tarde, em 2001, comércios eletrônicos começaram a conceder linhas para que outras empresas pudessem vender seus produtos em troca de uma comissão. Então, o conceito White Label começou a se consolidar.

E o Private Label?

O Private Label, ou “etiqueta privada”, é uma solução ainda mais nova. Semelhante ao que conhecemos como “terceirização”, é um repasse de 100% da produção de uma inovação que nasceu de uma empresa, para outra que tenha interesse em adquiri-la.

Neste caso, todo o processo fabril ou de desenvolvimento do produto é feito por alguma organização que detém toda a infraestrutura para a produção deste, desde maquinário até logística.

Assim, as empresas que oferecem produtos customizados e que foram contratadas são responsáveis por produzir e entregar as mercadorias dentro do prazo estabelecido.

Qual a diferença entre os dois?

Os dois modelos de negócio consistem em transferir a própria produção para outra empresa especializada, porém há diferenças entre eles. Enquanto no White Label a empresa que produz ou desenvolve o produto pode vendê-lo para várias outras, no Private Label o contrato de fornecimento deve ser exclusivo.

Além disso, no White Label, todo trabalho de marca, como adesivação e personalização, é normalmente efetuado pela empresa que compra o produto. No Private Label, o produto já pode sair de sua produção pronto para a venda.

Como funciona uma solução White Label?

Uma solução White Label funciona da seguinte maneira: uma empresa tem uma ideia de produto para oferecer ao mercado ou precisa de um determinado software para tornar seu dia a dia mais organizado. Então, ela recorre a outra empresa especializada para produzir ou desenvolver este produto.

Esta outra empresa fica com a responsabilidade de realizar todo o processo de produção da ideia: comprar a matéria prima se necessário, desenvolver, produzir e testar o produto ou solução. Ao final, é preciso entregar este produto pronto ao cliente, que irá se encarregar de vendê-lo.

Como já abordado neste artigo, no White Label não há contrato de exclusividade. Por exemplo, uma empresa de desenvolvimento de um programa de gerenciamento de dados específico pode vender a sua ferramenta para quantas empresas for possível.

Quando considerar uma empresa White Label?

Se a empresa não detém a tecnologia e não possui um parque fabril (caso seja necessário de acordo com o produto), mas precisa de uma solução viável e rápida, ela pode considerar contratar uma empresa White Label.

Quando o assunto são soluções digitais, por exemplo, e há necessidade de uma empresa precisar automatizar seus processos, a melhor saída é contratar uma White Label que produza softwares do ramo. Se criar um software do zero leva tempo e esforço, por que não, então, contratar quem já domine o assunto?

Ter uma empresa White Label ao seu lado também auxilia o seu negócio a focar nos principais objetivos dela, sem precisar sair de foco para gerir projetos que fogem do seu escopo.

Plataforma White Label: exemplos

Um homem e uma mulher observando um notebook

Hoje, no mercado, há vários exemplos de plataformas White Label, que permitem que uma empresa desfrute de soluções tecnológicas sem precisar desenvolvê-las — neste caso, só é preciso realizar a venda e o marketing.

Tais plataformas podem ser adaptadas à identidade visual da organização e são passíveis de personalização. Elas estão disponíveis em diversas áreas, como finanças, e-commerce, logística e também de soluções em Recursos Humanos.

Apps de mobilidade e de entregas, sistemas de televisão corporativa, marketplaces e plataformas de gestão financeiras são exemplos de White Labels que encontramos disponíveis no mercado.

Empresas como Spotify e Netflix utilizam soluções White Label para oferecer serviços de streaming personalizados a outras marcas. No setor financeiro, bancos digitais frequentemente usam plataformas White Label para lançar seus serviços.

Por que o White Label é diferente do modelo de franquia comum?

É comum que haja, em um primeiro momento, a confusão entre esses dois modelos. Porém, enquanto um franqueado vende os produtos de sua franquia sob regras rígidas de marca e marketing, no White Label não há essa necessidade — a relação de negócio é focada no produto em si.

Em negócios digitais, por exemplo, o modelo White Label é muito mais comum, o processo de aquisição do produto é mais fácil, há maior liberdade de atuação e menos burocracia, já que não fica a cargo da empresa o processo de desenvolvimento de um novo produto.

Como o White Label impacta o crescimento da empresa?

O modelo White Label pode trazer mais fluidez ao seu negócio. Ao passar a missão de produzir determinado produto a uma empresa especializada, as chances de assegurar sua qualidade são maiores.

Afinal, para desenvolver um produto, sobretudo softwares e outras plataformas tecnológicas, equipes precisam se dedicar somente a isso. É preciso investir muito tempo, dinheiro e outros recursos da organização para que o projeto se torne realidade.

Quando estes aspectos ficam a cargo de outras organizações, as energias então podem ser depositadas em objetivos mais essenciais da empresa, como nas vendas, no marketing e na constante inovação do próprio negócio.

Quais as vantagens? 

As vantagens para quem opta por uma solução White Label são muitas. Ela geralmente é mais barata, a entrega é rápida e os resultados costumam ser mais consistentes e eficientes — afinal, todo o produto foi desenvolvido por uma empresa especializada.

Além disso, as soluções representam também notáveis otimização de recursos e redução de custos, pois, ao serem adquiridas pela empresa, a parte de desenvolvimento, que necessita de mão de obra, dinheiro e tempo, já está resolvida.

As White Labels ainda propiciam ampliação de portfólio e carteira de produtos, suporte na expansão de seu negócio e liberdade de definir os próprios preços na hora de fazer a revenda.

E as desvantagens?

Apesar das muitas vantagens, o modelo White Label também apresenta algumas desvantagens. Uma delas é a menor margem de personalização do produto ou serviço, já que ele foi desenvolvido por outra empresa. Isso pode limitar a diferenciação no mercado.

Outra desvantagem é a dependência da empresa fornecedora. Se houver problemas com a qualidade ou a entrega do produto, isso pode impactar diretamente a reputação da sua empresa. Além disso, os custos associados à licença e à utilização contínua do produto podem se acumular, dependendo dos termos do contrato.

Conclusão

Neste artigo, foi possível aprender sobre o conceito de White Label e entender como este modelo é capaz de suportar o crescimento e a expansão de uma empresa. Com ele, sua empresa é capaz de economizar e entregar um produto de maneira mais rápida e eficiente.

No texto, você também entendeu a diferença entre o White Label e o Private Label. Enquanto o primeiro estabelece uma relação de compras mais livre, em que a empresa desenvolvedora pode vender suas especialidades a quem desejar, o Private Label pede exclusividade no contrato.

Foi explicado, ainda, que, apesar de ser comum a confusão, White Label e Private Label não são franquias. As franquias significam uma extensão de uma empresa, em que há matriz e filial. Enquanto isso, a modalidade White Label permite que você compre produtos de empresas especializadas e coloque sua marca.

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