Uma das formas de novas empresas e startups financiarem seu crescimento é por meio do venture capital. Esse tipo de financiamento é ótimo para impulsionar negócios com alto potencial de crescimento, mas que enfrentam dificuldades para acessar capitais tradicionais.
O venture capital oferece um impulso financeiro importante para muitas empresas, fazendo com que seja interessante conhecer e aderir a esse recurso.
Neste conteúdo, será explicado como funciona esse tipo de investimento e serão apresentadas todas as informações importantes para as empresas interessadas em utilizá-lo. Confira os tópicos que serão apresentados:
- O que é venture capital?
- Como funciona o venture capital?
- Quais são os tipos de fundos de investimento?
- Quais são as rodadas de investimento?
- Desafios e considerações ao buscar venture capital
Tenha uma boa leitura e aprendizado!
O que é venture capital?
O venture capital é um modelo de financiamento recomendado para startups, novas empresas e aquelas em fase de crescimento. Também conhecido como capital de risco, esse modelo funciona com a alocação de dinheiro nas empresas em troca de participação acionária.
O venture capital como prática moderna teve origem nos Estados Unidos, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando investidores começaram a apoiar empresas inovadoras e de alto crescimento como parte do movimento de fomento à inovação tecnológica.
Existem três principais tipos de fundos de investimento no venture capital: empresas de capital de risco tradicionais, investidores-anjo, que fornecem financiamento inicial a startups promissoras, e Corporate Venture Capital, em que grandes empresas investem em startups alinhadas aos seus interesses.
Como funciona o venture capital?
Na prática, o venture capital funciona assim: o investidor seleciona empresas com potencial de crescimento significativo e oferece financiamento inicial em troca de uma parte das ações da empresa.
Dessa forma, a empresa recebe capital para expansão enquanto o investidor busca ganhar retorno por meio da valorização das ações ou da venda da participação em momentos estratégicos, como uma oferta pública inicial (IPO).
Quais são os tipos de fundos de investimento?
Existem três diferentes tipos de fundos de investimento, empresas de capital de risco tradicionais, investidores-anjo e Corporate Venture Capital. Conhecer cada um é importante para escolher o suporte financeiro e estratégico adequado às necessidades específicas da empresa. Entenda a seguir!
Empresas de capital de risco
As empresas de capital de risco são instituições financeiras especializadas que investem em startups e empresas de alto potencial de crescimento.
Essas corporações oferecem capital em troca de participação acionária e suporte estratégico para ajudar as empresas a crescerem rapidamente e alcançarem sucesso no mercado.
Investidores-anjo
Os investidores-anjo são indivíduos de alto patrimônio que investem recursos próprios em startups, geralmente em estágios iniciais de desenvolvimento. Essas pessoas oferecem o capital, sua experiência, orientação estratégica e uma rede de conexões para auxiliar as empresas a crescerem.
Para ilustrar, um exemplo famoso desse modelo acontece no programa de televisão “Shark Tank”, em que investidores avaliam ideias e escolhem novos empreendimentos para investir, contribuindo com seus recursos e conhecimentos.
Corporate Venture Capital
O Corporate Venture Capital envolve grandes empresas investindo diretamente em startups alinhadas aos seus interesses estratégicos. Por exemplo, uma empresa de tecnologia pode investir em startups de inteligência artificial para fortalecer sua capacidade de inovação e vantagem competitiva no mercado global.
Quais são as rodadas de investimento?
Rodadas de investimento são estágios em que startups levantam capital de investidores para financiar seu crescimento. No venture capital há as fases pré-seed, seed e séries A, B, C e seguintes. Compreenda com detalhes a seguir!
Pré-seed
O pré-seed é a fase inicial de captação de recursos por startups, geralmente antes da entrada de investidores-anjo.
Nessa etapa, os donos da empresa usam recursos próprios para desenvolver um protótipo ou validar a ideia de negócio antes de buscar investimentos formais de capital de risco.
Seed
O seed, também chamado de “semente”, é fase seguinte do pré-seed, considerado o estágio inicial de um investimento formal.
Nesta etapa, os criadores da empresa levantam fundos de venture capital para desenvolver produtos mínimos viáveis (MVPs) e iniciar as operações comerciais.
Séries A, B, C e seguintes
As séries (A, B, C, etc.) são etapas subsequentes de financiamento para as empresas, baseadas em seu estágio de desenvolvimento e necessidades financeiras.
Na série A, as corporações recebem investimentos de venture capital para expandir operações e aumentar a base de clientes. À medida que avançam para as séries B, C, e além, levantam mais capital para escalar operações, expandir internacionalmente ou realizar aquisições estratégicas.
Cada série reflete o estágio da empresa e suas metas de crescimento, determinadas por métricas como receita, crescimento de usuários e potencial de mercado.
Desafios e considerações ao buscar venture capital
Apesar de ser uma boa solução para superar as dificuldades de captação de capital enfrentadas por novas empresas, o processo de garantir venture capital nem sempre é simples.
Empreendedores precisam articular suas ideias de forma convincente, muitas vezes apoiadas por pesquisas e estudos, para demonstrar o potencial de crescimento e retorno aos investidores.
No Brasil, onde 60% das empresas declaram falência em até 5 anos após a abertura (IBGE), isso serve como um alerta para os investidores exercerem cautela ao escolher onde investir, visando evitar prejuízos significativos.
Por isso, os empreendedores precisam estar preparados para enfrentar os seguintes desafios e considerações:
- Articular suas ideias de forma convincente, com suporte em pesquisas e estudos, para demonstrar potencial de crescimento e retorno aos investidores;
- Compreender e atender às expectativas e estratégias dos fundos de venture capital;
- Estabelecer uma relação de confiança e alinhamento de interesses com os investidores;
- Preparar-se para um processo complexo e competitivo na busca por financiamento.
Ter consciência desses desafios é importante para enfrentar o processo de captação de venture capital de forma estratégica, maximizando as chances de atrair investidores.
Conclusão
Portanto, foi possível perceber como o venture capital se popularizou como uma forma mais acessível de financiamento para novas empresas e startups. No entanto, apesar de sua importância, persistem desafios para os empresários.
No Brasil, mais de 40% das startups não conseguem atrair investimentos, segundo estudo da MIT Technology Review Brasil em parceria com o Google Cloud, destacando a necessidade de compreender profundamente as nuances do venture capital e preparar-se estrategicamente para participar do processo de captação de recursos.
Com o conteúdo e as dicas apresentadas neste artigo, sua empresa conseguirá ter um melhor domínio sobre o venture capital e sair na frente em busca de capital.
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