Quando se trata de avaliar o engajamento dos funcionários, é importante saber como obter feedbacks valiosos, pois uma comunicação transparente entre líderes e suas equipes é algo vital para qualquer empresa. Existem vários métodos convencionais para isso, mas, nos últimos tempos, a pesquisa de pulso tem se destacado nos departamentos de RH.
A maioria das empresas entende que a pesquisa de pulso fornece resultados com maior assertividade quando comparada a pesquisas de engajamento semestrais ou anuais. Com os resultados desse tipo de levantamento, o RH pode dar respostas à altura dos problemas relatados pelos funcionários cotidianamente.
Quer saber mais? Neste artigo, você entenderá tudo sobre como funciona uma pesquisa de pulso e como promovê-la em sua equipe de funcionários. Veja um breve resumo do que você aprenderá a partir então:
- Pesquisa de pulso: o que é?
- Como funciona?
- Quando aplicar a pesquisa de pulso?
- Qual a importância da pesquisa de pulso nas empresas?
- Como fazer a pesquisa de pulso?
- O que fazer com as informações coletadas?
- Quais são as principais vantagens da pesquisa de pulso?
- Qual a diferença da pesquisa de pulso para a pesquisa de clima organizacional?
Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre o assunto!
Pesquisa de pulso: o que é?
A pesquisa de pulso é um conjunto breve e regular de perguntas enviadas aos funcionários de uma empresa. A expressão nasceu da analogia com a medição da pressão de pulso, pois a principal característica dessa pesquisa é sua realização contínua e frequente, da mesma forma que acontece o procedimento médico.
Uma pesquisa de pulso pode ser realizada para avaliar a opinião dos funcionários sobre praticamente qualquer assunto relacionado à comunicação da equipe, aos relacionamentos ou ao ambiente geral de trabalho.
Você pode realizar, por exemplo, uma pesquisa de pulso sobre engajamento e motivação no local de trabalho. Esse levantamento pode incluir entre 3 e 5 perguntas e ser enviado aos funcionários uma vez a cada dois meses. Algumas empresas usam a pesquisa como forma complementar de responder ao feedback dos funcionários.
Como funciona?
O funcionamento de uma pesquisa de pulso depende, em primeiro lugar, do problema central que norteará as perguntas. Uma vez escolhido o tema, os responsáveis devem elaborar as perguntas e pensar na melhor maneira de coletar as respostas dos funcionários.
A coleta pode ser feita com o uso da tecnologia. O RH pode enviar para os funcionários uma ficha com as perguntas pela internet usando um sistema em nuvem. Isso torna o processo mais fácil para todos os envolvidos: tanto para os destinatários da pesquisa quanto para quem ficou responsável por dissecar os dados gerados.
Por fim, o bom funcionamento de uma pesquisa de pulso também depende da frequência de sua realização. No próximo tópico, você aprenderá mais sobre quando aplicar e como definir um ritmo para a pesquisa de pulso.
Quando aplicar a pesquisa de pulso?
A frequência da pesquisa de pulso depende de quão volátil é o problema que a sua empresa está tentando medir. O humor dos funcionários, por exemplo, pode mudar com frequência, então, você pode medir diariamente ou talvez mais de uma vez por dia.
Porém, se você estiver medindo o engajamento dos funcionários, é improvável que os níveis de volatilidade mudem muito em um curto período. Nesse caso, as medições diárias ou semanais não fazem sentido.
Qual a importância da pesquisa de pulso nas empresas?
Uma das principais razões pelas quais as pesquisas de pulso funcionam bem é que elas são curtas. Os funcionários geralmente têm uma carga de trabalho diária, e pode ser perturbador para eles se você bombardeá-los com muitas perguntas. Uma pesquisa com cinco tópicos, por outro lado, é rápida e pode gerar respostas mais genuínas.
Quando o RH pede para que os funcionários respondam uma lista longa de perguntas, mesmo que isso aconteça uma vez por semestre, muitos vão participar com uma atitude de desdém, querendo acabar com a tarefa rapidamente. Com isso, é provável que você obtenha respostas superficiais, que não reflitam o que os funcionários realmente pensam.
Como as pesquisas de pulso são realizadas com frequência, o RH também pode avaliar como certos aspectos do local de trabalho estão respondendo às mudanças. Se uma nova tecnologia foi introduzida no local de trabalho após reclamações frequentes, você poderá saber a rapidez com que ela surtiu efeito na equipe, por exemplo.
Ao mapear o comportamento dos funcionários em tempo real, há um espaço maior para que líderes experimentem mudanças e, em um curto período de tempo, tenham dados sobre quais delas estão funcionando bem.
Como fazer a pesquisa de pulso?
As pesquisas de pulso podem ser usadas para avaliar uma série de indicadores e problemas relacionados ao ambiente de trabalho, mas por onde você deve começar a planejar uma pesquisa como essa? Quantas perguntas devem ser elaboradas? Tire essas e outras dúvidas a seguir.
Elabore poucas questões claras e objetivas
Quanto mais frequente for o levantamento, menor deve ser o número de perguntas. O ideal, em todos os casos, é que a pesquisa não ultrapasse a quantidade de 10 perguntas. Além disso, as questões devem ser curtas e elaboradas com palavras simples. É importante evitar jargões técnicos e outros termos difíceis de entender.
Incentive a participação na pesquisa
Gerentes e líderes de cada departamento devem incentivar suas equipes a participar, não apenas o departamento de RH. Se o departamento de RH for o único que incentiva os funcionários a responder à pesquisa de pulso, ela muito provavelmente não dará certo.
Deve haver clima de incentivo em toda a empresa. Gerentes, diretores e líderes devem enfatizar a importância da pesquisa de pulso. E-mails periódicos, lembrando os funcionários da importância das pesquisas de pulso, podem ajudar.
Permita que as respostas sejam anônimas
O anonimato permite que o funcionário se sinta mais seguro para dar respostas honestas, sem o risco de ser monitorado ou repreendido por relatar uma insatisfação com a empresa. Portanto, é importante não solicitar nome, e-mail ou qualquer outro dado que revele a identidade do funcionário.
Faça a análise e o acompanhamento das respostas
Essa é uma das etapas mais decisivas. Conte com um sistema de pesquisa online simples para organizar as respostas e identifique os padrões nos resultados obtidos. Uma vez identificadas as áreas em que os funcionários mais dizem enfrentar problemas, comece a pensar nas resoluções viáveis para elas.
Compartilhe os resultados
É importante dar aos funcionários uma visão geral dos resultados da pesquisa. Isso cria mais certeza de que a mensagem deles chegou até você. Compartilhar também esclarece para os funcionários o que será feito a partir dos resultados. Dê uma ideia do que você, a diretoria e os líderes de departamento tentarão corrigir em primeiro lugar.
O que fazer com as informações coletadas?
Ao coletar os dados da pesquisa de pulso, sua empresa terá que analisá-los e implementar um plano de ação. Tenha em mente que, do ponto de vista dos funcionários, pode ser muito frustrante ter respondido a uma pesquisa que não gerou resultados. Essa falha cria um sentimento de desconfiança e pode diminuir a taxa de participação em pesquisas futuras.
Portanto, você e sua equipe devem estar preparados para planejar possíveis ações após cada pesquisa de pulso. Uma organização deve considerar um período para examinar, informar e determinar suas próximas atitudes.
É claro que nem toda pesquisa de pulso gera uma medida concreta. Pode ser que uma pesquisa sobre a eficácia de planos anteriores mostre que não é mais necessária uma ação adicional. Nesse caso, basta que sua equipe comunique a resolução do problema para todos os participantes das últimas pesquisas.
Quais são as principais vantagens da pesquisa de pulso?
Caso a sua empresa queira superar as expectativas dos funcionários e aumentar o engajamento no trabalho, as pesquisas de pulso devem ser uma prioridade no RH. A seguir, entenda mais sobre os benefícios adquiridos com esse levantamento.
Aumentar o engajamento dos colaboradores
O engajamento dos funcionários não é algo que você incentiva e, depois, para de dar atenção. Você precisa estar em constante comunicação com seus funcionários para garantir que as expectativas da equipe sejam atendidas.
Com a ajuda dos dados obtidos com a pesquisa de pulso, você pode acompanhar o envolvimento dos funcionários em tempo real e mapear oportunidades de melhoria.
Melhorar o clima organizacional
Ao analisar continuamente os resultados das pesquisas e conectá-las a um plano de ação, as empresas podem trabalhar de forma proativa para melhorar a experiência do funcionário e promover um ambiente harmônico. Tudo isso se reflete em um clima organizacional alinhado com os valores e os objetivos de cada empresa.
Diminuir a rotatividade
Quando as pessoas gostam de seu próprio trabalho, elas são menos propensas a sair dele. Se o RH consegue monitorar de perto o engajamento dos funcionários, poderá trabalhar para corrigir rapidamente problemas e evitar uma alta rotatividade.
Resolver problemas pontuais
As pesquisas de pulso ajudam a criar mais coesão entre os funcionários, principalmente quando há questões pontuais a serem resolvidas na rotina de trabalho. À medida que os funcionários contribuem continuamente para resolver essas questões, eles podem começar a interagir mais uns com os outros, especialmente de forma orgânica e não obrigatória.
Qual a diferença da pesquisa de pulso para a pesquisa de clima organizacional?
Uma pesquisa de clima organizacional não pode ser confundida com pesquisa de pulso. Ambas são estrategicamente importantes para a saúde organizacional de uma empresa, mas apresentam muitas diferenças que merecem atenção por parte do RH. A seguir, entenda quais são os principais diferenciais da pesquisa de pulso.
Mais frequente
As pesquisas de pulso são realizadas com mais regularidade, enquanto as pesquisas de clima organizacional geralmente acontecem uma vez por ano ou uma vez por semestre. As pesquisas de pulso podem acontecer de forma mensal, semanal ou até diária.
Mais específica
As pesquisas de pulso tendem a se concentrar mais em um tópico específico ou em um conjunto de tópicos relacionados, enquanto as pesquisas de clima organizacional podem abranger uma gama mais ampla de assuntos.
Mais curta
As pesquisas de clima organizacional geralmente são mais extensas, já as pesquisas de pulso são muito curtas, porque se baseiam em um número pequeno de perguntas e assuntos. A regra é: quanto mais frequente a pesquisa de pulso, mais curta deve ser.
Mais cronológica
As pesquisas de pulso são geralmente mais cronológicas, pois visam mapear os resultados de mudanças percebidas em resposta dadas a pesquisas anteriores. No caso de uma pesquisa de clima organizacional, as perguntas feitas podem não seguir necessariamente uma ordem sequencial ligada a outras pesquisas.
Conclusão
Neste artigo você viu como funciona uma pesquisa de pulso. Agora, os próximos passos são escolher um tema central para a pesquisa, determinar uma frequência para os levantamentos, planejar a coleta e reunir uma equipe para a avaliação dos dados.
Líderes e RH devem avançar com mudanças que foram coletadas para mostrar que a participação nas pesquisas vale a pena.
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