Inteligência comportamental: como aplicar e desenvolver?
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Time Pontotel 18 de fevereiro de 2025 Gestão de Pessoas

Inteligência comportamental: o que é, sua importância e como aplicá-la para melhorar equipes e alcançar resultados

Descubra como a inteligência comportamental no RH pode transformar a gestão de pessoas, com decisões estratégicas e equipes mais engajadas.

Imagem de Inteligência comportamental: o que é, sua importância e como aplicá-la para melhorar equipes e alcançar resultados

No ambiente corporativo, em que as relações humanas desempenham um papel importante no sucesso das empresas, compreender o comportamento das pessoas vai além de uma habilidade desejável — tornou-se uma necessidade estratégica. É nesse contexto que a inteligência comportamental no RH ganha destaque na atualidade. 

A inteligência comportamental é uma competência que envolve a capacidade de entender, interpretar e gerenciar as dinâmicas comportamentais, promovendo interações mais eficazes e alinhadas aos objetivos organizacionais.

Neste artigo, será possível compreender o conceito de inteligência comportamental e como utilizá-la no RH em prol de um clima organizacional mais empático e harmonioso na gestão das pessoas. 

Tenha uma boa leitura!

O que é inteligência comportamental?

imagem de um homem e duas mulheres conversando num ambiente corporativo, representando a inteligência comportamental

A inteligência comportamental refere-se à habilidade de reconhecer, compreender e gerenciar os comportamentos e as interações entre as pessoas.

Além do controle emocional, envolve habilidades como empatia, escuta ativa e adaptação ao comportamento dos outros. Essa habilidade permite identificar as dinâmicas entre os membros de uma equipe, promovendo relações mais harmoniosas e eficazes.

O conceito foi desenvolvido pelo médico e neurocientista Jô Furlan em 2007. Ele define essa competência como a capacidade de fazer escolhas conscientes e estratégicas para alcançar resultados positivos, baseando-se no entendimento comportamental.

No contexto empresarial, a inteligência comportamental no RH é fundamental para otimizar a gestão de pessoas, criando um ambiente mais saudável, engajado e produtivo.

A relação entre inteligência emocional e inteligência comportamental

Embora o conceito de inteligência emocional tenha sido desenvolvido por Salovey e Mayer em 1993 — definido como a capacidade de perceber, compreender, usar e gerenciar emoções —, ele se conecta diretamente à inteligência comportamental.

Isso porque a inteligência comportamental integra aspectos da inteligência emocional, ampliando seu foco para a compreensão e gestão de comportamentos. Nossas emoções influenciam diretamente nossas ações e decisões, tornando o equilíbrio emocional uma base para comportamentos assertivos e eficazes no ambiente de trabalho.

Assim, a inteligência comportamental pode ser vista como uma evolução prática da inteligência emocional, já que envolve não apenas a gestão das emoções, mas também a adaptação e o ajuste do comportamento diante de diferentes contextos e interações.

Inteligência x perfil comportamental

Inteligência comportamental é a habilidade de entender e gerenciar emoções e comportamentos, enquanto o perfil comportamental refere-se ao conjunto de características e tendências que definem como uma pessoa reage em diferentes situações. 

Por exemplo, um líder que percebe quando sua equipe está desmotivada e consegue ajustar sua abordagem para melhorar o engajamento está utilizando a inteligência comportamental, enquanto o perfil comportamental dessa equipe pode indicar tendências como introversão ou extroversão.

Qual a importância da inteligência comportamental?

A inteligência comportamental é importante para entender as dinâmicas em uma empresa, a fim de promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Os benefícios da inteligência comportamental permitem aprimorar a comunicação, resolver conflitos e criar uma cultura organizacional alinhada aos objetivos da empresa.

Nesse sentido, Mariá Menezes Boaventura, diretora de pessoas e cultura da Sankhya, comenta que “se por um lado a estratégia é possível tangibilizar com a visão […], por outro a cultura não é tão visível assim, mas, com um olhar intencional e mais profundo dos comportamentos, ritos, símbolos que permeiam a empresa, é possível identificar traços e como eles se conectam com o que se está buscando de objetivos…”

A fala de Mariá ressalta a importância de uma análise mais profunda e intencional dos comportamentos dentro da empresa. Quando os comportamentos estão alinhados com os objetivos estratégicos, a cultura organizacional pode ser uma grande impulsionadora do sucesso. 

Como o RH pode aplicar a teoria comportamental em uma empresa?

imagem de uma mulher sorrindo. representando inteligência comportamental

A teoria comportamental pode ser aplicada de diversas maneiras nos processos do RH, já que este setor lida diretamente com pessoas. O entendimento e a gestão dos comportamentos são aspectos essenciais nesse contexto. Entenda mais a seguir!

Recrutamento, Seleção e Retenção

A inteligência comportamental no RH pode ser aplicada no recrutamento, na seleção e na retenção ao contribuir para identificar candidatos alinhados à cultura empresarial, como um profissional com perfil colaborativo para uma equipe dinâmica.

Sendo assim, neste caso, avaliam-se habilidades como empatia e trabalho em equipe durante o processo seletivo, e, na retenção, ações como feedbacks frequentes ajudam a reduzir o turnover.

Treinamento e desenvolvimento

No treinamento e desenvolvimento, o uso da inteligência comportamental ajuda a identificar as necessidades comportamentais dos colaboradores e criar programas que potencializem habilidades como liderança, comunicação e resolução de conflitos.

Por exemplo, um treinamento pode focar em desenvolver a empatia entre líderes, promovendo equipes mais coesas, produtivas e alinhadas aos objetivos organizacionais.

Motivação, engajamento e comunicação interna

Uma pesquisa da Right Management revelou que profissionais engajados são 50% mais produtivos.

Sabendo desse benefício, a inteligência comportamental no RH pode ser aproveitada para melhorar a motivação, o engajamento e a comunicação interna, com estratégias como reconhecimento de comportamentos positivos, feedbacks construtivos e desenvolvimento de habilidades interpessoais.

Como desenvolver a inteligência comportamental?

O desenvolvimento da inteligência comportamental exige práticas consistentes, estudo e tempo, que podem variar de pessoa para pessoa. A seguir, serão apresentadas estratégias para aprimorar essas habilidades!

Autoconhecimento e muito estudo

Segundo o estudo da pesquisadora Anna K. Schaffner (2020), “o autoconhecimento fortalece a capacidade de viver de maneira mais consistente e gratificante. Ele nos ajuda a entender medos e motivações, além de proporcionar maior controle sobre nossas emoções, permitindo uma gestão mais eficaz de nossos comportamentos e decisões no dia a dia.”.

Assim, o autoconhecimento e o estudo são essenciais para quem busca desenvolver inteligência comportamental, pois a partir deles é possível identificar padrões de comportamento, reconhecer reações automáticas e entender como nossas emoções influenciam as decisões. 

Prática de habilidades interpessoais

A prática de habilidades interpessoais é importante para desenvolver a inteligência comportamental. Algumas práticas incluem:

Feedback e melhoria contínua

O feedback é essencial para o desenvolvimento da inteligência comportamental, pois permite identificar pontos fortes e áreas de melhoria. Ao receber e oferecer feedback construtivo, é possível ajustar comportamentos e estimular a melhoria contínua.

Um estudo da plataforma Feedz revelou que 94% dos colaboradores apresentam um desempenho melhor após receber o feedback.

Conclusão

Por fim, percebe-se que a inteligência comportamental no RH é uma ferramenta essencial para potencializar a gestão de pessoas.

Ao promover uma compreensão mais profunda sobre emoções e comportamentos, essa competência permite criar estratégias mais eficazes para recrutamento, retenção e desenvolvimento, fortalecendo o engajamento e alinhando as equipes aos objetivos organizacionais.

Seguindo as dicas deste artigo, o RH conseguirá ter mais habilidade sobre esse assunto e iniciar esse processo de mudança na organização.

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