Descubra como reduzir a insatisfação salarial na sua empresa
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Time Pontotel 12 de dezembro de 2024 Departamento Pessoal

Descubra como a insatisfação salarial impacta o clima organizacional e influencia a rotatividade dos funcionários

O que pode causar a insatisfação salarial e o que fazer quando o funcionário está insatisfeito? Entenda as consequências desse problema e como evitá-lo.

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Os funcionários podem se sentir insatisfeitos por vários motivos, desde a frequência de conflitos até terem líderes que não sabem como dar feedbacks. A insatisfação salarial, que gera perda de produtividade e aumenta os pedidos de demissões, também está entre essas problemáticas.

Conforme a sondagem de mercado feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas em 2022, 27,8% dos trabalhadores afirmaram estarem insatisfeitos no trabalho e a maior causa desse sentimento foi justamente a remuneração baixa (64,2%).

Esse cenário de profissionais insatisfeitos ganha nuances mais delicadas diante de outras informações, como o fato de 41,1% desses trabalhadores acharem que a remuneração não é justa e 55% afirmarem que o salário é fonte de estresse, conforme o Estudo de Remuneração 2024 feito pela Michael Page.

Assim, seja para enfrentar essa insatisfação em virtude da remuneração, seja para evitá-la, as empresas podem adotar medidas estratégicas. Para tratar do tema com detalhes, este texto focará os seguintes tópicos:

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Tenha uma ótima leitura!

 

O que fazer quando o funcionário está insatisfeito com o salário?

Mulher em escritório, com roupas sociais, refletindo sob uma mesa com notebook e cadernos, sobre o que pode ser feito com a insatisfação salarial

A insatisfação salarial se dá assim que o funcionário percebe que o valor que entrega com seu trabalho não está alinhado com a remuneração que recebe. Ou seja, ele entende que suas contribuições não correspondem ao salário que ganha no fim do mês.

Apesar disso, a empresa pode adotar algumas medidas diante dessa problemática. Uma das principais é iniciar uma conversa honesta com o funcionário a fim de entender suas preocupações e desejos. Isso o fará se sentir mais à vontade para abordar sobre o aumento de salário, por exemplo.

Outra atitude que a empresa pode adotar é analisar cada caso e avaliar se os funcionários estão tendo ótimo desempenho e se entregam resultados de qualidade. Se for esse o caso, tem-se, então, uma grande oportunidade para aumentar o salário de alguns colaboradores.

Outras ações práticas que a organização pode ter em caso de insatisfação salarial são:

  • Revisar a política salarial, afinal, é isso que garante equidade e competitividade, evitando que os funcionários peçam demissão porque encontraram vagas cujos salários estão mais alinhados com o valor que eles entregam;
  • Oferecer um pacote de benefício, como programas de treinamento — isso aumenta a percepção de valor e reconhecimento por parte do colaborador.

Inclusive, em se tratando dos benefícios, vale pontuar o que diz Bruno Rodrigues, CEO e cofundador da GoGood, sobre o assunto: 

“A estratégia de benefícios de bem-estar está totalmente relacionada à competição por talentos, à atratividade e à fidelização dos mesmos, ao aumento da produtividade e ao acesso a novos mercados. Todos esses aspectos estão intrinsecamente ligados ao bem-estar dos colaboradores e podem ser alavancados por meio de iniciativas nessa área”

 

Principais causas que levam à insatisfação salarial

No livro “Motivação e satisfação no trabalho: em busca do bem-estar de indivíduos e organizações”, os autores destacam que “o desempenho no trabalho está associado, principalmente, a dois fatores, ambos com grande influência para os funcionários: motivação e satisfação no trabalho”.

Por isso, quando a empresa identifica insatisfação salarial no seu quadro de pessoal, precisa agir proativamente para combater isso antes que acabe precisando lidar com a perda de produtividade

Nesse sentido, uma das formas de ela evitar que a insatisfação salarial ocorra é entender as suas causas e, a partir disso, agir preventivamente. Para aprofundar esse aspecto, veja as principais causas dessa insatisfação.

Fatores econômicos amplificam insatisfações com remunerações

Com o passar do tempo, todo país passa por mudanças econômicas, e isso é um dos motivos que podem gerar insatisfação salarial. Um exemplo é quando se tem aumento no custo de vida ou em caso de alta inflação: se o poder de compra de um funcionário cai, ele pode entender que seu salário não basta para arcar com suas necessidades. 

Quando essa percepção se instaura, ele pode entender que o trabalho de qualidade que entrega e seu compromisso em trazer bons resultados para o time não reflete o salário. Isso automaticamente o faz notar que seu esforço não é financeiramente valorizado como deveria.

Diferenças geracionais e a percepção de salários

Outro aspecto que implica a insatisfação salarial diz respeito às diferenças geracionais. Por exemplo, ainda que isso possa variar de funcionário para funcionário, gerações mais velhas podem valorizar tipos específicos de benefícios adicionais, como planos de aposentadoria.

Já as gerações mais jovens, como a Geração Z, tendem a valorizar a flexibilidade — trabalho remoto, por exemplo — e que o propósito deles esteja alinhado com a organização. Com isso, a percepção de receber um bom salário estará alinhado a esses outros pontos.

Ainda, como destaca Ryan Sutton, presidente distrital da Robert Half International: “Desde que [o talento da Geração Z] receba um salário justo de mercado, sua preferência é por uma boa cultura e ambiente de trabalho, juntamente com um forte senso de pertencimento”.

Diante dessas diferenças, a empresa precisa saber como agir em cada caso para combater ou evitar a insatisfação salarial. Lara Avelino, analista de RH, psicóloga organizacional e recrutadora, também pontua algo interessante atrelado a isso ao afirmar:

“Falamos da geração Z, dos millennials, que realmente vêm falando muito sobre sentido, propósito, e buscar um lugar onde realmente se sintam alinhados à vida dessas pessoas. Então, hoje, na verdade, o salário não é o suficiente, o retorno financeiro não é o suficiente. Então, começamos a falar, por exemplo, da flexibilidade de horários”.

Sinais da insatisfação no trabalho

Em caso de insatisfação salarial, os funcionários darão sinais de que não estão felizes com sua remuneração. A baixa produtividade é um desses sintomas. O motivo se dá pelo seguinte: devido à insatisfação, eles perdem a motivação, que, consequentemente, os faz perder engajamento.

Outros sinais dessa insatisfação são:

  • Maior número de faltas e atrasos, aumentando o absenteísmo;
  • Maior irritabilidade no dia a dia, ocasionando, inclusive, comportamentos negativos com colegas;
  • Aparente falta de comprometimento com tarefas — o funcionário até pode entregá-la, mas isso é feito com atraso e sem a qualidade que deveria.

Impactos da insatisfação salarial no clima organizacional

Independentemente da razão que gerou insatisfação salarial em um colaborador, os impactos desse sentimento são significativos no clima organizacional. Como abordado, o comportamento negativo com colegas é um deles, fruto do estresse gerado pela sensação de que seu trabalho não está sendo financeiramente valorizado pela empresa.

Isso causa um efeito dominó, já que o colaborador pode começar a ficar mais estressado e ansioso no cotidiano e, assim, aumentar as chances de causar conflitos e até de desenvolver problemas de saúde mental.

O clima organizacional também é prejudicado porque a perda de performance ocasionada pela insatisfação salarial pode afetar outros membros do time. Na rotina, isso se apresenta na forma de uma cultura de baixa energia e pouco entusiasmo. Os resultados disso são bem negativos para a empresa, que perde produtividade e eficiência operacional.

Como a insatisfação salarial afeta a rotatividade de colaboradores?

A rotatividade de funcionários pode ser afetada por inúmeros problemas empresariais, e a insatisfação salarial é uma das mais complexas, pois envolve remuneração e percepção do colaborador acerca do seu trabalho estar ou não sendo valorizado pela organização.

Em tais circunstâncias, sobretudo se o funcionário acreditar que não conseguirá ter um aumento salarial, ele acabará buscando melhores oportunidades de emprego com salários competitivos. Ao encontrá-las, não verá outra alternativa a não ser pedir demissão

O papel de políticas salariais e planos de carreira

Para evitar esse aumento da rotatividade, a organização tem de compreender o papel das políticas salariais. Afinal, são elas que definem os critérios que a empresa usa para ajustar e revisar os salários, garantindo que sejam justos e competitivos. 

Tem-se, ainda, o plano de carreira, cuja finalidade é guiar o crescimento do funcionário na empresa. Isso engloba o aumento salarial nesse processo de ascensão profissional. Assim, caso a empresa não ofereça — de forma concreta e realista — esse caminho de progressão, o colaborador nem sequer terá expectativas que sua remuneração aumentará.

Como manter talentos mesmo com limitações salariais?

A insatisfação salarial, embora problemática e causadora de diversos pontos negativos para a empresa, pode ser combatida mesmo em casos de limitações salariais. 

Ainda que, segundo o estudo global Talent Trends 2024, 56% das empresas brasileiras considerem o salário o aspecto mais importante na hora de atrair talentos, elas também pode aumentar a retenção adotando outras estratégias que, somadas, farão o funcionário entender que a empresa valoriza seu trabalho, mesmo que o salário não seja tão alto.

Confira a tabela abaixo com estratégias para manter os profissionais na empresa sem, necessariamente, aumentar o seu salário:

EstratégiaO que fazer?
Benefícios não monetários.Oferecer plano de saúde e programas de bem-estar.
Desenvolvimento profissional.Investir em programas de treinamento, especialmente aqueles alinhados ao plano de carreira do funcionário.
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional.Oferecer horários flexíveis e adotar regime de trabalho híbrido ou remoto.

Medidas para melhorar a insatisfação salarial

Duas mulheres e um homem, sorrindo, em uma mesa, com copos e frutas em cima.

Além das estratégias mencionadas ao longo deste conteúdo, a empresa também pode implementar outras medidas para melhorar a insatisfação salarial, evitando que os seus funcionários percam produtividade por conta da desmotivação e queiram pedir demissão.

Desenvolver uma cultura de reconhecimento profissional é uma dessas medidas, pois os funcionários se sentirão mais valorizados, afastando-se da ideia de que só um salário maior lhes fará mais felizes. Premiações em confraternizações da empresa e feedbacks construtivos e regulares também contribuem para isso.

Outra forma de fazer o colaborador entender que a empresa enxerga valor em seu trabalho se dá quando ela lhe oferece oportunidades únicas, como a participação em projetos estratégicos nos quais ele possa contribuir com ideias e soluções. Isso implicará o ganho de satisfação profissional.

A bonificação também é um mecanismo para combater a insatisfação salarial. Trata-se de um incentivo extra ao colaborador: ele receberá uma recompensa pelo desempenho que, além de torná-lo mais produtivo, ainda trará a percepção de reconhecimento profissional.

Conclusão

A insatisfação salarial, uma realidade no Brasil e no mundo, precisa ser combatida estrategicamente pelas empresas. Afinal, essa problemática envolve o seu ativo mais valioso: as pessoas. 

Isso deve ser feito tanto por motivos empresariais, como para evitar a perda de produtividade e diminuir a rotatividade, quanto por empatia com aqueles sem os quais nenhuma organização consegue operar.

Neste conteúdo, foi possível entender o que dizem os dados acerca da infelicidade dos funcionários quando se trata de salário. Nesse sentido, a empresa precisa adotar medidas para combater ou evitar tal insatisfação, visto que, no final do dia, isso implicará talentos mais satisfeitos e produtivos.

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