Infelicidade no trabalho: saiba quais são os impactos para as organizações e qual é o papel do RH!

O capital humano é o maior ativo de uma organização, pois os resultados de uma empresa estão diretamente ligados ao desempenho e à satisfação de seus colaboradores. Portanto, a infelicidade no trabalho possui fortes impactos na corporação e é considerada um desafio a ser superado no ambiente empresarial. 

Para as empresas, ter uma equipe insatisfeita e funcionários infelizes são problemas que devem ser contornados com a ajuda do departamento de Recursos Humanos, com o esforço e suporte das lideranças. 

Entenda tudo sobre o impacto que a infelicidade no trabalho gera nas organizações e como a equipe de RH pode ajudar a remover este obstáculo. Confira a seguir os tópicos que serão abordados:

• Infelicidade no trabalho: o que é?
• Quais fatores levam à infelicidade no trabalho?
• 5 consequências da infelicidade no trabalho
• Qual o papel do RH?

Boa leitura!

Infelicidade no trabalho: o que é?

A infelicidade no trabalho acontece quando um colaborador está insatisfeito com o seu posto, seja por falta de motivação ou por sentir-se desvalorizado. Uma vez que o funcionário está infeliz com sua função, ele tem um desempenho cada vez pior, realizando entregas com falhas, atrasando a conclusão das tarefas, faltando no trabalho, além de uma série de outras consequências. 

Tudo isso causa impacto na organização, que continua mantendo os investimentos daquele funcionário, mas não está recebendo o retorno esperado. 

Mesmo que não seja tão simples identificar um colaborador que sofre com infelicidade no trabalho, pois é um diagnóstico que depende de seu autoconhecimento, muitos brasileiros são afetados por esse fenômeno. 

Em 2017, o Instituto Locomotiva revelou que 56% das pessoas com carteira assinada no Brasil estão insatisfeitas com o próprio emprego. Ou seja, 18,7 milhões de trabalhadores mudariam de trabalho.

Além disso, é de se imaginar que, hoje, essas estatísticas devem ser maiores, pois a pandemia afetou significativamente a saúde mental da população e mudou completamente as relações de trabalho.

Quais fatores levam à infelicidade no trabalho?

As causas para um colaborador sofrer de infelicidade no trabalho podem ser diversas e devem ser identificadas por ele. Mas deve-se considerar fatores como as dinâmicas de trabalho, a economia do país, a insegurança e o medo constante do desemprego e a luta pela sobrevivência, questões que afetam muito a saúde mental dos trabalhadores. 

Confira a seguir outras causas que podem levar à infelicidade no trabalho: 

Falta de reconhecimento e valorização

Muitas empresas não possuem em sua cultura organizacional a prática de dar feedbacks constantes e fazer um acompanhamento de carreira do profissional.  

Como resultado de uma gestão que não está atenta ao desempenho dos funcionários, não os coloca a par de suas situações ou não recompensa e valoriza seus resultados, os colaboradores tendem a se sentir perdidos e desmotivados. 

Um profissional que não vê claramente que seu potencial está sendo reconhecido, naturalmente para de investir sua energia nisso, o que provocará insatisfação e, assim, infelicidade no trabalho.  

Metas inatingíveis

Planejar metas é essencial para o sucesso de qualquer organização, mas é comum ver empresas que colocam objetivos inatingíveis para motivar os funcionários a darem seu melhor. Isso, pelo contrário, os desmotiva, pois eles logo percebem que não conseguirão atingir às expectativas da gestão e param de se esforçar, porque sabem que será impossível bater aquela meta. 

Sobrecarga nas tarefas

Em momentos de instabilidade econômica, muitas empresas trabalham com a equipe reduzida. Isso resulta em uma divisão de trabalhos que não considera o bem-estar do funcionário. 

Com muitas tarefas para cumprir, o colaborador se vê obrigado a fazer uma microgestão de tempo e atividades exaustivas, que vão lhe deixando progressivamente cansado e contribuindo para sua infelicidade no trabalho. 

Ambiente profissional muito pesado

O clima organizacional de uma empresa é um dos fatores mais importantes para o colaborador estar satisfeito. Um funcionário precisa se sentir bem no seu local de trabalho para conseguir oferecer o melhor de si. 

Portanto, boas relações, dinâmicas de trabalho éticas e lideranças preparadas são questões que contribuem para a felicidade do profissional. 

Ausência de plano de carreira

Por fim, o objetivo da maioria das pessoas em um emprego é conseguir crescer e ter realização profissional ali, e para isso as empresas precisam oferecer um bom plano de carreira que possibilite que o colaborador tenha perspectivas futuras e consiga alinhar seus objetivos aos da organização.

5 consequências da infelicidade no trabalho

Para as organizações, a consequência mais visível da infelicidade no trabalho é o aumento da taxa de turnover, ou seja, o aumento da rotatividade de funcionários. Isso porque colaboradores insatisfeitos costumam achar que a solução ideal é mudar de emprego.  

Entretanto, existem muitas outras consequências organizacionais da infelicidade no trabalho. Confira-as a seguir: 

Desmotivação

Seja qual for o motivo que leve o colaborador a estar infeliz no trabalho, este é um fenômeno que desmotiva o funcionário, deixa-o sem perspectiva de crescimento e faz com que ele fique desanimado com seu emprego. 

Baixa produtividade

Funcionários desmotivados são menos produtivos. Além de ter menos ânimo para cumprir a sua função e realizar tarefas, eles fazem as atividades com atenção reduzida, o que aumenta as falhas e reduz os resultados. 

Aumento de doenças ocupacionais

Esse fenômeno também aumenta a possibilidade de desenvolvimento das doenças ocupacionais, visto que os transtornos mentais estão entre elas e a infelicidade no trabalho impacta diretamente a saúde mental do colaborador. 

Prejuízo à saúde dos colaboradores

Com a atenção reduzida, o risco de acidentes de trabalho aumenta, o que, junto da possibilidade de desenvolvimento de doenças ocupacionais, provoca prejuízos à saúde física e mental do colaborador. 

Aumento da taxa de absenteísmo

Ademais, colaboradores que sofrem de infelicidade no trabalho não sentem vontade ou têm ânimo para trabalhar. Por isso, eles começam a faltar, atrasar ou sair mais cedo, e tudo isso colabora para o aumento da taxa de absenteísmo.

Qual o papel do RH?

Para evitar que os colaboradores da organização sofram de infelicidade no trabalho, o departamento de Recursos Humanos possui um papel essencial, pois é a equipe que gere o capital humano da empresa. 

Confira a seguir algumas medidas que o RH pode tomar para combater esse problema: 

Realizar pesquisas de sentimento

As pesquisas de sentimento podem ser realizadas pelo RH e, com auxílio de Inteligência Artificial, o departamento tem uma visão geral e sincera de como a equipe está se sentindo em relação ao trabalho. 

Essa é uma prática importante para construir os feedbacks e fazer o acompanhamento dos membros da empresa, além de servir para planejar mudanças positivas, caso necessário, para melhoria do clima organizacional da corporação.

Oferecer feedbacks constantes

Os feedbacks são muito importantes para manter os colaboradores motivados e atualizados sobre seu desempenho. O RH pode mediar a implementação dessa prática na empresa, analisando o perfil dos membros e qual seria a melhor maneira de implementar essa técnica na cultura organizacional. 

Focar no desenvolvimento organizacional

O departamento também pode focar no desenvolvimento organizacional, que auxiliará a empresa a estar por dentro das tendências de organização do mercado e pode ajudar na adoção de processos que garantam a satisfação dos colaboradores. 

Investir na qualidade de vida dos funcionários

Outro ponto importante para que o colaborador se sinta valorizado é ver o investimento da empresa na sua qualidade de vida; até porque, depois da pandemia, a maioria dos profissionais busca equilibrar realização profissional e pessoal. 

Portanto, o RH pode incentivar a adoção de benefícios que influenciem o bem-estar dos funcionários, como: gympass, um bom vale-alimentação, auxílio terapia, entre outras medidas positivas nesse sentido. 

Investir nessas medidas é importante porque pessoas que estão bem mental e fisicamente tendem a estar mais satisfeitas de modo geral, logo, isso facilita com que elas também  estejam satisfeitas com o trabalho. 

Estruturar um programa de plano de carreira

Por fim, o Recursos Humanos pode planejar e estruturar um plano de carreira para cada funcionário, levando em consideração seus objetivos e particularidades. 

Assim, os colaboradores podem ver que a empresa tem um planejamento para eles. Além disso, é uma técnica que ajuda a alinhar as metas do profissional com as da empresa. 

Outro ponto que vale a pena ressaltar é que, ao ver que a organização tem planos com ele, o funcionário sente-se mais seguro em relação ao seu emprego, o que diminui sua ansiedade e medo de desemprego e contribui para sua satisfação. 

Conclusão

Pode-se concluir que a infelicidade no trabalho é um fenômeno que assola grande parte da população brasileira. Além disso, é uma questão que prejudica significativamente os resultados da empresa, uma vez que deixa os funcionários desmotivados, diminui a produtividade destes e aumenta a taxa de absenteísmo. 

Apesar de ser difícil de diagnosticar que um funcionário está sofrendo de infelicidade no trabalho, visto que é uma conclusão que depende muito do autoconhecimento do próprio colaborador, este é um fenômeno que pode ser evitado com a ajuda do RH. Para isso, o departamento deve investir em medidas como pesquisas de sentimento, feedbacks constantes e desenvolvimento organizacional.

Gostou do conteúdo? Então, continue acompanhando o blog PontoTel e fique por dentro de todas as atualizações do mundo empresarial.