Saiba quais são os principais impostos cobrados no Brasil!
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Time Pontotel 9 de dezembro de 2024 Departamento Pessoal

Quais são os impostos cobrados no Brasil? Entenda a diferença entre federais, estaduais e municipais

Conheça quais são os impostos cobrados no Brasil nos âmbitos federal, estadual e municipal, e entenda como eles podem afetar a gestão da sua empresa.

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Os impostos cobrados no Brasil representam um dos gastos mais importantes das empresas. Ao todo, o país conta com 92 impostos, sendo que muitos deles integram as obrigações fiscais e trabalhistas das organizações. 

Esses tributos impactam diretamente a rotina de diversos setores, como o departamento financeiro e a área de Recursos Humanos (RH). Isso porque eles impactam o cálculo da folha de pagamento e influenciam as decisões sobre contratações e benefícios corporativos. 

Para entender melhor quais são esses impostos, é fundamental conhecer os principais tributos federais, estaduais e municipais cobrados no país. Para explicar tudo isso, este artigo abordará os seguintes tópicos:

Boa leitura!

O que são impostos?

Os impostos são valores cobrados pelo governo sobre atividades econômicas, bens, rendas e consumo, para financiar serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança. 

Os impostos cobrados no Brasil integram um sistema tributário complexo. Uma das consequências disso é que eles são divididos em três esferas: federal, estadual e municipal. Gerando um  grande impacto na gestão financeira e tributária, bem como nas operações das empresas, especialmente na rotina do RH. 

Para exemplificar o peso da carga tributária sobre negócios e população, basta consultar o Impostômetro. De acordo com esse índice, entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2024, foram arrecadados mais de R$ 2 trilhões em tributos.

Além de conhecer os principais impostos cobrados no Brasil, as empresas precisam de ferramentas que facilitem o pagamento desses tributos. Tecnologias como o sistema de ponto eletrônico auxiliam no cálculo dos salários e possibilitam tomadas de decisão mais assertivas sobre a gestão de pessoas.

Para Cristina Pereira, coordenadora de operações na Comunitive, isso garante uma gestão mais estratégica do negócio, permitindo que o RH trabalhe de forma alinhada aos interesses e recursos financeiros da empresa.

A gestão estratégica permite aplicar os recursos da empresa de forma eficiente no dia a dia, alinhando os objetivos e metas da organização com os recursos disponíveis. Isso envolve otimizar o uso do time, a estrutura da empresa e direcionar os esforços para atingir os objetivos estabelecidos”, completa Cristina.

Quais são os impostos federais cobrados no Brasil?

Mulher calculando impostos federais, utilizando uma calculadora, sobe uma mesa cheia de documentos e um notebook

Os impostos federais correspondem a cerca de 60% de toda a arrecadação tributária do país. Geralmente, eles financiam a administração do Governo Federal e os serviços essenciais. 

Confira a seguir quais os tributos mais importantes dessa categoria:

IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física)

O IRPF é um imposto que incide sobre a renda das pessoas físicas que recebem valores superiores ao limite mínimo definido pela Receita Federal, que atualmente é de R$ 2.259,20 mensais. 

A alíquota é progressiva e varia conforme a faixa de renda da pessoa. Segundo a Receita Federal, a partir de fevereiro de 2024, a incidência mensal do imposto varia conforme a tabela abaixo:

Base de cálculoAlíquota
Até R$ 2.259,20Isento
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,657,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,0515,0%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,6822,5%
Acima de R$ 4.664,6827,5%

Fonte: Receita Federal

IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)

O IRPJ é o imposto de renda cobrado das pessoas jurídicas. Ele é calculado sobre o lucro das empresas e possui alíquota padrão de 15%. No entanto, há um adicional de 10% para os lucros que excedem R$ 20.000 mensais.

Esse tributo pode incidir sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, dependendo do regime tributário do negócio. Vale lembrar que o IRPJ é obrigatório para todas as empresas, exceto aquelas enquadradas no Simples Nacional, no qual o imposto já está incluso no DAS (Documento de Arrecadação do Simples).

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

O IPI é cobrado sobre produtos industrializados nacionais e importados. As alíquotas desse tributo variam conforme o tipo de produto, como determina a Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

Itens essenciais, como alimentos, têm alíquotas mais baixas, e produtos como bebidas alcoólicas e cigarros, alíquotas mais altas. Esse imposto é recolhido pela indústria e pode ser recuperado em casos de exportação.

INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)

O INSS é o imposto destinado à Previdência Social, sendo que seu pagamento é obrigatório para pessoas físicas e jurídicas. No caso das empresas, o percentual de contribuição varia conforme o regime tributário. Aquelas que optam pelo Simples Nacional recolhem o INSS junto à DAS. 

Já as organizações que adotam o regime de lucro real ou presumido pagam uma alíquota de 31%. Desse valor, 20% são pagos pelo empregador e 11%, pelos empregados. No caso dos microempreendedores individuais (MEIs), a contribuição é de 5% do salário-mínimo, recolhida por meio da DAS-MEI. 

FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

O FGTS é um direito trabalhista que garante ao trabalhador uma poupança vinculada ao seu contrato de trabalho. Embora não seja um tributo, essa poupança é formada por valores enviados pelo empregador, que deposita mensalmente o equivalente a 8% do salário de cada empregado. 

Esse valor fica retido até que o trabalhador possa sacá-lo em casos de demissão sem justa causa, doenças graves, compra da casa própria, entre outros casos. Além de servir como uma espécie de poupança, o FGTS é também utilizado pelo governo para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura.

PIS (Programa de Integração Social) ou PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)

O PIS e o PASEP são programas sociais criados para promover a integração social e a formação de patrimônio para os trabalhadores. O PIS, especificamente, é destinado a pessoas que trabalham na iniciativa privada, como empregados com carteira assinada e trabalhadores avulsos.

O recolhimento do PIS é feito junto à COFINS, sendo que o valor arrecadado financia o pagamento de benefícios como abono salarial, seguro desemprego, entre outros gastos ligados à Previdência Social

A alíquota do PIS varia entre 0,65% e 1,65%, dependendo do regime de tributação da empresa. 

COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

A COFINS é um tributo que incide sobre a receita bruta das empresas. O valor arrecadado é destinado à seguridade social, que abrange saúde pública, previdência e assistência social. A alíquota utilizada no cálculo desse imposto varia conforme o regime tributário adotado pela empresa: 

  • Lucro presumido (regime cumulativo): 3%;
  • Lucro real (regime não cumulativo): 7,6%.

Vale lembrar que empresas que importam bens ou serviços pagam uma alíquota de 9,65%. Também é importante destacar que esse tributo é obrigatório para todas as pessoas jurídicas, exceto para empresas do Simples Nacional.

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

O IOF incide sobre operações financeiras, como empréstimos, financiamentos, câmbio e seguros. As alíquotas variam conforme o tipo de operação e são ajustadas frequentemente pelo governo. 

No caso do cartão de crédito, por exemplo, ele é aplicado apenas quando ocorre atraso no pagamento da fatura. Nessa situação, os bancos cobram uma taxa de IOF de 0,38% com acréscimo de 0,0082% ao dia.

II (Imposto de Importação)

O II é imposto cobrado sobre mercadorias importadas compradas pela internet ou trazidas em viagens internacionais. Ele tem uma função regulatória, já que visa proteger a indústria nacional. O valor desse tributo pode variar conforme o produto, sendo que ele sempre deve ser pago pelo importador.

Quais são os impostos estaduais cobrados no Brasil?

Moeda brasileira sobre uma nota de vinte reais, ilustrando a cobrança de impostos no país.

Os impostos estaduais visam arrecadar valores destinados à gestão financeira e administrativa dos estados. Eles representam cerca de 28% da arrecadação total do país e contribuem para a manutenção de serviços públicos e projetos de infraestrutura. Confira a seguir os tributos mais importantes dessa categoria:

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

O ICMS é o imposto com maior volume de arrecadação no Brasil. Isso porque ele incide sobre a compra e venda de produtos, transportes, telecomunicações, entre outros itens e serviços. Esse tributo é cobrado de forma indireta, embutido no preço final de mercadorias e serviços oferecidos ao consumidor. 

Cada estado possui autonomia para definir a alíquota do ICMS. Afinal, o valor específico para cada produto ou serviço é determinado pela legislação estadual. A arrecadação desse tributo é destinada ao financiamento de serviços públicos, infraestrutura e manutenção da administração estadual. 

IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores)

O IPVA deve ser pago anualmente por todos os proprietários de veículos, como carros, motos, caminhões, entre outros. A alíquota desse tributo varia segundo o estado, o tipo de veículo e seu valor de mercado. 

O montante arrecadado geralmente é dividido igualmente entre o estado e o município onde o veículo foi registrado. Ele é destinado à manutenção de estradas estaduais e outros investimentos em infraestrutura e serviços públicos.

ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação)

O ITCMD é cobrado em caso de transmissão de bens e direitos. Isso pode ocorrer após o falecimento (causa mortis) de uma pessoa ou quando ela decide fazer doação em vida. Os herdeiros e beneficiários são obrigados a pagar esse tributo conforme as normas estaduais.

A alíquota do ITCMD varia segundo o estado, com um teto máximo de 8%, estabelecido pelo Senado Federal. Cada estado pode definir o percentual exato dentro desse limite e regulamentar os casos específicos de incidência, como a faixa de isenção para doações de baixo valor. 

Quais são os impostos municipais cobrados no Brasil?

Homem, usando blusa social azul, realizando cálculos com uma calculadora sob uma mesa com um notebook e uma xícara

Os impostos municipais representam cerca de 5,5% da arrecadação total do país. O valor arrecadado por meio desses tributos é destinado à manutenção e ao desenvolvimento dos serviços públicos e da infraestrutura local. Conheça alguns deles a seguir:

ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)

O ISS é um imposto municipal que incide sobre a prestação de serviços no território do município. Isso inclui serviços de veterinária, informática, engenharia, planos de saúde, entre outros, conforme definido na Lei Complementar 116/2003

Esse tributo é cobrado de empresas e profissionais autônomos que prestam serviços, independentemente do porte ou segmento, incluindo MEIs e profissionais liberais. A alíquota do ISS varia entre 2% e 5%, dependendo do tipo de serviço e do município.

IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)

O IPTU é um imposto cobrado anualmente de proprietários de imóveis urbanos, como casas, prédios e estabelecimentos comerciais. O valor é calculado com base em tamanho do terreno, área construída, localização e padrão de acabamento do imóvel. 

A alíquota usada nesse cálculo também pode variar. Em média, ela é de 1% para casas e 3% para terrenos e prédios. Vale lembrar que imóveis rurais localizados em áreas rurais são tributados pelo ITR (Imposto Territorial Rural), não pelo IPTU.

ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)

O ITBI é cobrado sempre que ocorre a transferência de um imóvel de um proprietário para outro. O valor desse tributo é baseado no valor de mercado do imóvel, definido pelo município no momento da venda. A alíquota varia conforme o município, mas costuma girar em torno de 2% e 3% do valor do imóvel.

Conclusão

Os impostos cobrados no Brasil são tributos obrigatórios cobrados pelo governo para financiar serviços públicos e investimentos, como educação, saúde, infraestrutura e segurança. Eles são divididos entre os níveis federal, estadual e municipal, sendo cada um responsável por diferentes áreas de arrecadação e aplicação dos recursos.

No âmbito federal, alguns dos principais impostos incluem o IRPF e IRPJ, o FGTS e o COFINS. Esses tributos são destinados a manter serviços em nível nacional, como previdência, saúde pública e programas sociais. 

Nos estados, o ICMS se destaca por ser um tributo que incide sobre quase todos os produtos e serviços. Por fim, os principais tributos recolhidos pelos municípios são o ISS, o IPTU e o ITBI, destinados ao financiamento dos serviços locais, como escolas, unidades de saúde e infraestrutura urbana. 

Tecnologias como um sistema de controle de ponto ajudam as empresas a melhorarem sua gestão financeira e tributária do negócio. Isso garante o pagamento correto de todos os impostos exigidos por lei e aumenta a segurança jurídica da organização.

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