iFood é condenado a pagar indenização de R$10 milhões
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Time Pontotel 12 de dezembro de 2024 Notícia

iFood é condenado a pagar indenização de R$10 milhões e STF definirá o futuro do trabalho

O iFood foi condenado pela 14ª Turma do TRT2 a pagar uma indenização de R$ 10 milhões e reconhecer o vínculo empregatício dos entregadores.

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Na última quinta-feira (05), o iFood foi condenado pela 14ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo (TRT2) a pagar uma indenização de R$ 10 milhões e reconhecer o vínculo empregatício dos entregadores registrados na plataforma. 

A decisão foi tomada a partir de uma ação aberta contra o iFood pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que tramita desde 2021.

Para Ricardo Nini Ballarini, desembargador do TRT2 e relator do processo, há vínculo empregatício, pois os trabalhadores não possuem autonomia para decidir os valores dos fretes e a ordem das entregas.

Entretanto, o iFood informou que irá contestar a decisão do TRT2:

“É fundamental avançar na construção de um marco regulatório que considere as características únicas do trabalho autônomo e sem vínculo dos entregadores, com proteção social para estes trabalhadores, equilíbrio para o ecossistema e segurança jurídica para as empresas”, diz a plataforma, em nota.

Além disso, o iFood alertou que a decisão pode impactar negativamente mais de 380 mil estabelecimentos e 360 mil entregadores da plataforma. 

Vínculo empregatício com apps

O debate sobre o reconhecimento do vínculo empregatício para motoristas e entregadores de plataformas está cada vez mais em evidência.

Nesta terça-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu uma audiência pública sobre o tema, que contou com a participação de 58 expositores, convocados pelo ministro Edson Fachin.

Durante o debate, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, do TRT2, argumentou que as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) apresentam fundamentos suficientes para caracterizar a relação de trabalho entre motoristas e aplicativos.

Por outro lado, Caroline Perônio Arioli, representante da Uber, defende que a empresa é uma prestadora de tecnologia, e os motoristas tem a liberdade de escolher quando e onde trabalhar. Ela também destaca que 5 milhões de brasileiros geram renda com a plataforma e R$ 140 bilhões já foram repassados aos motoristas nos últimos 10 anos.

O processo continuará em análise pelo STF. 

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