Hustle culture: conheça a cultura da agitação e como evitar!
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Time Pontotel 21 de março de 2024 Gestão de Pessoas

Entenda do que se trata a hustle culture e como ela afeta o rendimento das empresas

Descubra os perigos da hustle culture e saiba como evitar a prática que apresenta impactos negativos na produtividade das empresas e na vida dos funcionários.

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O ambiente corporativo pode muitas vezes reproduzir e validar atitudes e comportamentos tóxicos. A hustle culture, atitude que camufla comportamentos prejudiciais para funcionários e empresas em uma falsa noção de produtividade, é um exemplo dessas condutas.

O termo ganhou visibilidade nas redes sociais. No TikTok, LinkedIn e Instagram, a hashtag “#hustleculture” reúne conteúdos sobre produtividade, exaustão e saúde mental. Muitos perfis e influenciadores vendem a promessa irreal de que há sempre mais a ser conquistado na carreira, desde que se trabalhe sem parar. 

No entanto, o cálculo não é bem este, e os resultados da hustle culture não são positivos. Nas redes, os conteúdos se dividem entre os que incentivam e os que se opõem ao movimento.

Este artigo apresentará os aspectos fundamentais desta prática que tem o potencial de minar talentos e prejudicar o rendimento de empresas. Os tópicos a seguir são:

Tenha uma boa leitura!

O que é hustle culture?

Homem sentado na mesa em quarto escuro com computador

Hustle culture se refere à prática de trabalhar de maneira incessante com o objetivo de alcançar novos patamares na carreira. O termo pode ser traduzido como cultura da dedicação total ou cultura da hiperprodutividade.

Pessoas que aderem a esta prática se mantém o tempo todo focadas no trabalho. Elas ignoram momentos de lazer e bem-estar, e buscam tornar todos os momentos produtivos.

Tal prática se opõe aos esforços atuais de algumas corporações e trabalhadores para equilibrar vida profissional e vida pessoal.

Os fundamentos da hustle culture estão ancorados na visão de que dedicação irrestrita gera excelentes resultados. Esta visão ignora que as oportunidades de se desenvolver na carreira não são sempre iguais e que produtividade está ligada, também, ao descanso.

A hustle culture aparece como um retrocesso diante de inúmeros esforços para garantir um ambiente de trabalho saudável para os funcionários. A ineficácia desta prática é comprovada, e os impactos podem ser muito prejudiciais para empresas e funcionários.

Quais são os impactos da hustle culture?

A hustle culture é uma prática que parece benéfica para empresas e funcionários, mas não é. Com o tempo, esta conduta gera queda da produtividade, exaustão dos funcionários, piora do clima organizacional e até mesmo síndrome de burnout.

Tal abordagem parte de uma cultura tóxica de hiperprodutividade, que deve ser evitada a todo custo nas empresas. Os impactos desta cultura são individuais e coletivos. Um funcionário que adere à hustle culture e é incentivado pela empresa pode prejudicar o clima organizacional e desmotivar o time

A seguir, veja como esta cultura prejudica empresas e funcionários. 

Para as empresas

A prática incentiva uma cultura de competitividade extrema, que pode aumentar atritos entre membros do time. Os malefícios mais notáveis para as empresas são o aumento dos pedidos de demissão e da prática do quiet quitting.

Empresas que prezam pela produtividade e pelo bem-estar da equipe não devem incentivar tal prática. Esta cultura de trabalho pode adoecer funcionários saudáveis e desmotivar os que antes eram motivados. 

Para os funcionários

As consequências são físicas e mentais: depressão, ansiedade, estresse e exaustão são alguns dos malefícios dessa cultura para o funcionário

O equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional é essencial para o bom desempenho das funções. Por estes motivos, é essencial que gestores e o RH tomem medidas para evitar o desenvolvimento da hustle culture nas empresas.

Como evitar que a hustle culture se desenvolva nas empresas?

Três pessoas sentadas à mesa com xícaras de café

Uma cultura forte, que valorize o bem-estar e não incentive práticas nocivas à saúde dos trabalhadores é essencial para evitar a hustle culture. É preciso garantir que práticas como trabalhar fora do expediente sejam totalmente desencorajadas. 

Outro ponto importante diz respeito aos métodos de avaliação de desempenho. Eles precisam ser apresentados aos funcionários e constantemente reavaliados. 

Estes métodos devem considerar não apenas entregas e resultados, mas também o cumprimento e alinhamento com a cultura organizacional, sendo uma maneira de garantir que as práticas nocivas da hustle culture não sejam incentivadas.

A seguir, serão apresentados 3 pontos fundamentais para evitar que a hustle culture se desenvolva na empresa.

Promover cultura de equilíbrio

A cultura do equilíbrio consiste em respeitar a relação entre trabalho e vida pessoal. Ela funciona como um antídoto à hustle culture. 

Esta abordagem não tem relação com trabalhar menos, ela reforça a necessidade de saber quando parar de trabalhar. É um convite para definir limites e viver uma vida fora do trabalho.

Incentivar o desenvolvimento pessoal

O desenvolvimento pessoal dos colaboradores é fundamental para que eles fortaleçam as habilidades sociais e técnicas. Desenvolver atividades fora do trabalho ajuda a manter o foco e a produtividade dentro da empresa.

Práticas esportivas, atividades manuais e artísticas são alguns exemplos de atividades que devem ser incentivadas pela empresa.

Estabelecer limites claros

Definir e apresentar limites de entrega, de horas de trabalho e de responsabilidades ajuda os funcionários a se manterem alinhados e saudáveis.

O descumprimento destes limites deve acender um alerta. Excesso de trabalho e responsabilidade e um banco de horas muito alto não podem passar despercebidos aos olhos dos gestores.

Qual é a relação entre saúde mental e produtividade com a hustle culture?

A relação entre hustle culture e saúde mental é direta, pois esta prática é extremamente prejudicial para a saúde mental dos colaboradores. Manter o trabalho como centro da vida e não inserir momentos e espaços de desconexão não é um bom cenário para a saúde mental.

A cultura que incentiva que não se desligue do trabalho pode causar graves consequências. Em casos extremos, os funcionários podem desenvolver a síndrome de burnout. 

Antes disso, outros quadros aparecem e se agravam, como: estresse, ansiedade e depressão.

Para evitar esse adoecimento mental, a hustle culture demanda medidas certeiras da empresa.

O que o RH pode fazer para controlar os sintomas e consequências da hustle culture?

A promoção de um ambiente de trabalho saudável, o apoio à saúde mental e o monitoramento do bem-estar da equipe podem ser ações efetivas contra a hustle culture. 

Junto dessas medidas, palestras de conscientização e um olhar atento do RH para os colaboradores são ações eficazes. Uma pesquisa de bem-estar e a adequada gestão de tarefas, prazos e entregas podem evidenciar casos de hustle culture.

Adotando medidas como essas, o RH pode proporcionar um ambiente de trabalho seguro para os funcionários.

Conclusão

A hustle culture aparece no cenário corporativo como um retrocesso diante das novas visões sobre qualidade de vida e bem-estar no trabalho.

Esta prática é totalmente prejudicial, tanto para o funcionário quanto para a empresa, que deve tomar medidas efetivas contra a prática.

Não há possibilidade de resultado que justifique uma prática que aumenta os níveis de ansiedade e exaustão dos funcionários. Atualmente, sabe-se que a produtividade depende do equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Melhore a cultura da sua empresa compartilhando este artigo com a equipe. Além disso,  aprenda mais sobre as melhores práticas para impulsionar empresas no blog Pontotel, adquirindo conhecimentos valiosos que podem fortalecer ainda mais o desempenho e excelência da sua organização.

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