Assim como outros locais, o ambiente de trabalho é composto de vários riscos, que podem ser mais ou menos perigosos para os colaboradores dependendo do ramo da empresa. Nesse sentido, é vital que a organização, por meio da higiene ocupacional, adote ações estratégicas para combater tais riscos, preservando a saúde do quadro de funcionários.
A partir dessa higiene, um negócio consegue gerenciar os riscos existentes no ambiente corporativo, fazendo os colaboradores sentirem-se valorizados. Prezar por tal proteção, no entanto, é mais do que uma forma de gerar esse sentimento: é uma atitude de empatia e humanidade com aqueles que são essenciais para o funcionamento de qualquer empresa.
Diante disso, para que seja possível conhecer os principais riscos ocupacionais, em quais segmentos alguns deles acontecem e as melhores formas de combatê-los para favorecer a conservação da saúde ocupacional, este conteúdo tratará acerca dos seguintes tópicos:
- O que é higiene ocupacional?
- Qual a importância do monitoramento da saúde dos trabalhadores expostos a riscos ocupacionais?
- Principais riscos ocupacionais
- Passos básicos para realizar uma avaliação de higiene ocupacional
Tenha uma boa leitura!
O que é higiene ocupacional?
A higiene ocupacional diz respeito à ciência cujo propósito é identificar, analisar e, por fim, controlar os riscos ocupacionais. Ou seja, aquelas ameaças presentes no ambiente de trabalho com potencial danoso para o quadro de pessoal, tais como os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, que serão melhor abordados logo adiante.
Essa ciência, que também pode ser concebida como uma prática implementada para garantir proteção aos empregados de um negócio, preservando a saúde e o bem-estar deles, combina fatores relativos à saúde, à engenharia e à segurança. Tudo isso é responsável por evitar que esses funcionários sejam acometidos por lesões e doenças ocupacionais.
Logo, é mediante a higiene ocupacional que uma empresa é capaz de avaliar o nível dos perigos encontrados, caso eles sejam identificados, e, após isso, definir as medidas para que eles sejam controlados, amenizados ou, quando possível, eliminados. Os exames periódicos e a conscientização sobre os riscos ocupacionais são exemplos dessas medidas.
Qual a importância do monitoramento da saúde dos trabalhadores expostos a riscos ocupacionais?
Como brevemente pontuado, fazer o monitoramento regular da saúde do quadro de funcionários é primordial para uma empresa. Isso porque é por meio dessa prática que um negócio consegue identificar antecipadamente o maior número de doenças ocupacionais. Como resultado, é possível realizar o tratamento precoce, evitando danos irreversíveis.
Junto a isso, é necessário mencionar o aspecto atrelado à legislação brasileira, visto que o monitoramento regular da saúde dos trabalhadores evita as complicações legais envolvendo os acidentes de trabalho. Também é necessário destacar a valorização dos colaboradores, uma vez que estes ganham maior satisfação profissional e produtividade.
Principais riscos ocupacionais
Há um conjunto de riscos ocupacionais que podem existir no ambiente de trabalho e que afetam a saúde e o bem-estar dos empregados. Por isso, para facilitar a compreensão acerca deles, confira a seguir quais os principais riscos e alguns segmentos em que eles ocorrem.
Riscos químicos
Os riscos químicos referem-se a todas as substâncias químicas que estão presentes em um ambiente de trabalho e que têm a capacidade de prejudicar a saúde dos profissionais.
Alguns exemplos desses riscos são os fumos, os produtos químicos tóxicos, as poeiras, os líquidos inflamáveis, os gases e os vapores, como ocorre em locais cujas atividades se dão em tanques e tubulações.
Riscos físicos
Estes riscos são os que podem afetar o corpo dos empregados, gerando, por exemplo, dores nas articulações, nas costas e, em um cenário mais problemático, até mesmo câncer.
Entre os riscos físicos, estão as temperaturas extremas (câmaras frigoríficas), a vibração (construção civil), a pressão, as radiações (instalações nucleares e hospitais) e os ruídos (fábricas).
Riscos biológicos
Por outro lado, os riscos biológicos, bastante comuns em empresas do segmento da saúde, além de fazendas e indústrias de alimentos, tratam-se daqueles que ocasionam nos funcionários doenças infecciosas. Os agentes patogênicos, aqueles que produzem infecções ou doenças infecciosas, são alguns representantes desses riscos.
Entre os cenários em que esses agentes podem surgir, está a exposição dos colaboradores que trabalham em laboratórios. O contato com fluidos corporais e tecidos humanos também é um risco biológico, uma vez que estes podem estar contaminados.
Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão atrelados às condições de trabalho, já que, a depender do cenário, elas têm grande potencial de gerar danos à saúde dos funcionários. As atividades que exigem movimentos repetitivos e posturas inadequadas são exemplos desse risco, por isso, é essencial que uma empresa promova, de forma assertiva, a ergonomia no trabalho.
Riscos mecânicos
Por último, têm-se os riscos mecânicos, que são parte dos riscos físicos. Eles referem-se a todos os perigos relativos ao uso de máquinas, ferramentas e equipamentos.
Como exemplo, é possível mencionar determinadas situações, como quando o funcionário de uma fábrica acaba sendo preso ou até mesmo esmagado entre as partes móveis de um maquinário. Outras situações que demonstram tais riscos tratam-se do corte ou da perfuração que um colaborador pode sofrer por conta de um objeto afiado, como as serras.
Passos básicos para realizar uma avaliação de higiene ocupacional
Tendo esclarecido quais são os principais riscos ocupacionais, assim como os prejuízos que eles podem causar para uma empresa, que acaba arcando com a perda de credibilidade, e para os colaboradores, que passam a ter problemas de saúde, é essencial entender como deve ser feita uma eficiente avaliação de higiene ocupacional. Entenda melhor a seguir.
Identificação dos agentes de risco
Identificar os agentes de risco, isto é, reconhecer os fatores existentes no ambiente de trabalho com potencial danoso à saúde do quadro de funcionários, é o primeiro passo para realizar a higiene ocupacional.
Na prática, isso envolve a aplicação de avaliações quantitativas, como a amostragem de ar e o monitoramento de ruído, e avaliações qualitativas, como as entrevistas e os questionários.
Avaliação da exposição
Uma vez descoberto os riscos ocupacionais por meio das avaliações, é necessário que a organização avalie todas as exposições às quais os seus trabalhadores estão sujeitos. Por meio desse processo de avaliação, ela, além de conseguir coletar dados, também descobre as doenças ocupacionais e os contaminantes atrelados a todos os riscos identificados.
Comparação com limites de exposição
Após coletar dados mediante o monitoramento de ar, por exemplo, a empresa precisa fazer uma comparação dos riscos encontrados com os limites de exposição aceitáveis. É dessa maneira que ela saberá se os riscos presentes no ambiente de trabalho estão ou não dentro dos níveis máximos, ou mínimos de exposição.
Baseados em estudos científicos, esses limites são definidos por órgãos e agências de saúde de cada país. No Brasil, por exemplo, alguns destes são o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério do Trabalho e Emprego.
Avaliação dos resultados
É durante esse passo que a organização analisa e interpreta todos os dados coletados, levando em conta a comparação dos limites de exposição citados anteriormente, identificando eventuais padrões, como as variações sazonais, e descobrindo quais áreas dela estão em estado crítico em virtude dos riscos ocupacionais mapeados.
Implementação de medidas de controle
Com a avaliação, a empresa identifica e analisa os riscos encontrados no ambiente de trabalho, obtendo um panorama de todos eles. A partir disso, ela consegue adotar, de maneira eficaz, as medidas para cumprir o outro propósito da higiene ocupacional citado no começo deste conteúdo: controlar os riscos, amenizando-os ou, se possível, eliminando-os.
Monitoramento contínuo
De forma conjunta, é crucial que a empresa faça, de modo contínuo, o monitoramento dos riscos ocupacionais. Em termos gerais, isso deve acontecer em intervalos regulares, pois dessa forma, caso seja identificado um novo risco ou que os riscos já mapeados estejam ultrapassando os limites de exposição, será possível contornar esse problema a tempo.
Documentação e registro
A documentação e o registro estão entre os passos mais importantes da higiene ocupacional, visto que são a forma de a organização armazenar adequadamente todos os dados obtidos ao longo das etapas anteriores. Essas medidas contribuirão para que a empresa consiga fazer uma boa gestão de riscos e assegurar a conformidade regulatória.
Revisão e atualização
É vital que as práticas que a empresa aplicou para realizar uma higiene ocupacional promissora sejam continuamente revisadas e, se necessário, também atualizadas. Isso fará com que elas permaneçam em conformidade com as regulamentações atuais sobre riscos ocupacionais. Isso engloba a inclusão de novas práticas e a realização de certos ajustes.
Conclusão
Como esclarecido ao longo deste conteúdo, tanto por meio de conceitos quanto de exemplos, a higiene ocupacional refere-se a todas as práticas que uma organização implementa com um único objetivo: manter o quadro de pessoal com saúde, longe de doenças, lesões e quaisquer danos que o local de trabalho possa lhes causar.
Essa finalidade, a propósito, demonstra o quão importante é tal prática para um negócio, quer ele tenha mais ou menos riscos ocupacionais quando comparado a outras organizações. Isso porque, além de manter os funcionários seguros, a higiene ocupacional também favorece a própria empresa, que passa a ter mais produtividade, além de elevar a satisfação dos funcionários.
Gostou deste conteúdo? É possível conferir outros artigos interessantes sobre gestão empresarial e gestão de pessoas visitando o blog Pontotel.