Gestão de riscos: como funciona e como aplicar na empresa!
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Time Pontotel 2 de julho de 2024 Gestão Empresarial

Gestão de riscos: entenda porque e como sua empresa deve fazer!

Entenda o que de fato é a gestão de riscos, quais seus objetivos e como executar uma gestão de riscos eficiente na sua empresa.

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Independente dos objetivos a serem alcançados por uma empresa, o processo de gestão de riscos deve ser parte integrante de todas as atividades da organização, incluindo a tomada de decisões em todos os níveis.

Isso porque o risco é inerente ao negócio. Mesmo que os produtos ou serviços oferecidos sejam diferenciados, a marca seja forte e o planejamento seja exemplar, ainda existem lacunas.

No fim, só aquilo que diz respeito ao controle interno não é suficiente. Existem também eventos externos que podem afetar negativamente as operações e resultados da empresa.

Para decidir a melhor forma de lidar com as adversidades, você precisa de uma gestão de riscos sistêmica, inteligente e integrada. Sendo assim, vamos te explicar o que de fato é a gestão de riscos, quais seus objetivos e como executar uma gestão de riscos eficiente na sua empresa. 

Veja a seguir os tópicos que abordaremos neste texto: 

Vamos lá!

O que é gestão de riscos?

imagens de pessoas em uma mesa com agenda e computadores.

A gestão de riscos é um conjunto de atividades coordenadas que visam gerir e controlar a organização em relação às potenciais ameaças, independentemente da sua manifestação. 

Trata-se de planejar e utilizar os recursos humanos e materiais para minimizar ou tratar riscos. É uma estratégia que envolve ações preventivas para antecipar possíveis situações e incorporar a prática nos processos da empresa.

E, também, inclui agir de forma prescritiva, ou seja, quando o risco ocorre de forma imprevisível. Nesse caso, a gestão de riscos visa estimular a empresa a se comportar de forma dinâmica para que reaja rapidamente aos eventos, às incertezas e às mudanças de cenário. 

Para isso ser possível, um bom sistema de monitoramento deve ser estabelecido para todos os números e eventos relevantes que envolvem a organização. O objetivo final é sempre a melhoria contínua dos processos da empresa.

O que são riscos?

O risco é um evento ou condição incerta, dado que ocorre, terá um impacto negativo ou positivo em um ou mais objetivos. Esses riscos podem ser encarados como ameaças ou oportunidades. 

As oportunidades significam simplesmente que o risco calculado pode trazer uma vantagem competitiva para o produto ou organização. 

O conceito de risco considera a probabilidade e frequência de sua possível ocorrência e a gravidade de suas consequências.

Natureza dos riscos: Exemplo

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) utiliza uma classificação de risco interessante que considera a origem (interna ou externa à organização) e a natureza do evento. Portanto, eles podem ser econômicos, operacionais ou legais. Vamos agora aprender mais sobre eles:

Econômico 

Os riscos econômicos são aqueles que afetam diretamente o fluxo de caixa de uma empresa  ameaçando  o capital de giro e o patrimônio líquido. A perda de saúde financeira é um problema que afeta diferentes organizações de diversos segmentos. 

Por exemplo, podemos citar o risco de endividamento, quando o nível geral de inadimplência é bastante elevado em relação aos ativos e recursos gerais da organização. E quando há pouca capacidade de converter o investimento em lucratividade, o risco de liquidez é outra situação comum. 

Para lidar com os riscos econômicos, é importante gerar relatórios personalizados regularmente. Isso, permitirá que os gestores tenham maior controle e tenham uma visão mais precisa de todo o panorama econômico da empresa.

Operacional

Os riscos operacionais referem-se aqueles em que a empresa pode sofrer perdas significativas devido a falhas de sistemas, processos, pessoas, operação e influências externas. 

Um bom exemplo de deficiências associadas a essa classificação é quando a companhia evita backups regulares de documentos importantes para os negócios, uma falha que pode parecer pequena, mas caso a empresa venha sofrer uma perda desses documentos diversos problemas podem vir à tona. 

As falhas operacionais são especialmente perigosas quando produzem retrabalho e prejudicam os objetivos e cronogramas. Uma vez que há atrasos nos processos, podendo acarretar em prejuízos no geral. 

Um meio importante de lidar com tais ameaças é a padronização e integração dos procedimentos operacionais.

Legal

O risco legal é um dos mais perigosos e engloba todas as ameaças a que a empresa está vulnerável, como consequência da falta de cumprimento da legislação em vigor.

Interpretação incorreta de dispositivos legais, monitoramento desordenado de obrigações e transações fraudulentas são algumas das possíveis causas de perdas financeiras decorrentes de risco legal.

Dada a gravidade desses riscos, assim como a extensão das perdas, o gerenciamento desses torna-se essencial para o sucesso de qualquer negócio e/ou investimento. O investimento em programas de compliance é uma das formas de se evitar ou prever riscos legais.

Quais os objetivos da gestão de riscos?

imagem de um alvo com uma flecha centralizada.

A boa gestão de riscos garantirá que os tomadores de decisão tenham acesso às informações relacionadas aos riscos enfrentados pela organização, além de melhorar o grau de cumprimento dos objetivos da empresa, reduzi-los e controlar situações adversas.

Além disso, a gestão de riscos agrega valor à organização na melhoria dos processos da companhia e do tratamento correto dos riscos e efeitos negativos causados ​​pela ocorrência deles, melhorando o desempenho, a eficácia e o relacionamento com as partes interessadas.

O que é a ISO 31000?

A ISO 31000 é a norma internacional para gestão de risco. Ao fornecer princípios e diretrizes abrangentes, esta norma ajuda as organizações a realizarem análises e avaliações de risco. 

Tanto faz se a empresa é pública, privada ou comunitária, você pode se beneficiar da ISO 31000 porque ela se aplica à maioria das atividades de um negócio – incluindo planejamento, operações de gerenciamento e processos de comunicação.

Embora todas as organizações gerenciem o risco de alguma forma, as recomendações de melhores práticas neste padrão internacional visam aprimorar as técnicas de gerenciamento e garantir a segurança no local de trabalho em todos os momentos.

Ao aplicar os princípios e diretrizes da ISO 31000 em toda a empresa, ela poderá aumentar a eficiência operacional, a governança e a confiança das partes interessadas, minimizando o desperdício.

Como fazer uma boa gestão de riscos baseado na ISO 31000

A Gestão de Riscos é uma ferramenta cujo objetivo final é permitir que uma organização atinja seus objetivos. De acordo com a ISO 31.000, o processo de gestão de risco tem as seguintes etapas:

 6 processos do gerenciamento de riscos

1. Defina o contexto 

A primeira coisa a fazer ao estabelecer o contexto é listar e resumir brevemente as metas da organização, pois os riscos dessas metas não alcançadas serão gerenciados. Após concluído, é necessário estabelecer uma  para mostrar o ambiente em que os objetivos institucionais serão perseguidos. 

A matriz SWOT nada mais é do que a sigla em inglês para S-Strengths (Forças), W-Weaknesses (Fraquezas), O-Opportunities (Oportunidades), T-Threats (Ameaças). Essa matriz deve listar os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças que podem influenciar a realização dos objetivos da empresa.

A matriz deve listar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças que podem afetar a realização dos objetivos da organização. 

Por fim, é necessário estabelecer os parâmetros utilizados para gerenciar o risco, como a escala de probabilidade e impacto e a definição da preferência, ou seja, o nível de risco aceitável.

2. Identifique dos riscos

Visto que as metas que a organização pretende atingir são determinadas, deve-se mapear  quais eventos de risco podem impedir a realização dessas metas.

Comece listando os eventos de risco relacionados às metas da organização e, em seguida, gradualmente entre em um nível mais detalhado, como o mapeamento desses e, em seguida, eventos de risco relacionados a subprocessos-chave do processo. 

Feito isso, as possíveis causas e consequências de cada evento precisam ser listadas para encerrar a fase de identificação de risco.

3. Analise o risco

Dado que os eventos de risco foram definidos e suas possíveis causas e consequências estão listadas, é hora de medir esses eventos calculando os níveis de risco.

A primeira etapa é calcular o nível de risco original, ou seja, a probabilidade e o impacto do evento de risco antes que quaisquer medidas de controle sejam implementadas. 

Em seguida, é necessário medir a qualidade das medidas de controle existentes para prevenir o risco original e fornecer o risco residual, ou seja, a parte remanescente após o risco original é mitigada pelas atividades de controle existentes.

Dado que o risco residual é calculado, uma tabela será estabelecida na ordem do nível de risco residual de alto a baixo para esclarecer quais eventos devem ser priorizados.

4. Avalie o risco

É necessário esclarecer as medidas de tratamento que serão implementadas para cada um dos riscos, sendo que os tratamentos possíveis são: aceitação, mitigação, transferência e evasão.

Ao lado de cada evento, é necessário informar a forma de processamento a ser adotada com base no nível de risco residual e na preferência de risco definida na primeira etapa de definição do contexto.

5. Trate o risco

Como já existe uma definição de qual tratamento será administrado, é hora de determinar como cada opção de tratamento será implementada. Agora é a etapa de detalhar a forma, o momento e os responsáveis ​​pelas medidas específicas de tratamento.

Por exemplo, se você especificou que um evento de risco será mitigado, responda qual será a medida de controle mitigadora, em que período de tempo a medida será implementada, quem será o responsável pela implementação, etc.

Cada medida de tratamento deve ter uma indicação do responsável pela sua implementação, estes são os gestores de risco. Nenhum evento de risco pode ocorrer sem uma pessoa responsável.

6. Monitore e analise criticamente

Entramos na fase final do processo de gestão de riscos. Agora é o momento de avaliar se tudo o que foi feito está indo conforme o planejado e de ver se não há necessidade de atualização.

Os objetivos estão listados corretamente? A matriz SWOT está completa ou precisa atualizar os pontos fortes / fracos / oportunidades / ameaças? O nível de risco foi calculado corretamente? As atividades de controle evitaram o risco conforme o esperado?

O processo de gerenciamento de riscos deve ser revisado regularmente.

Conclusão

Para que uma empresa possa atingir os resultados desejados, a gestão de riscos possui diversos pontos positivos, pois ajuda a antecipar ameaças e oportunidades.

Desta forma, fica muito mais fácil lidar com cenários de mercado turbulentos e reagir rapidamente às situações de crise, minimizando os efeitos negativos.

A gestão de riscos aplicada no âmbito dos processos permite reduzir as não conformidades e evitar situações que ameacem a empresa.

Com isso, é possível reduzir a quantidade de desperdícios e evitar incidentes de difícil manejo. Além disso, também é possível identificar oportunidades de melhoria.

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