O mundo do trabalho está em plena transformação. A chegada de novas gerações ao mercado, a aceleração tecnológica, o envelhecimento populacional e as mudanças nos modelos de jornada exigem um novo olhar por parte das empresas. E quem está no centro de tudo isso? O RH.
No 11º episódio do quadro Papo de Gente e Gestão, a Pontotel trouxe uma apresentação exclusiva, conduzida pelos especialistas Daniel Villar, head de canais e Carem Vidal, especialista em DP e desenvolvimento, para discutir com profundidade o que esperar do futuro do trabalho e, mais importante, como se preparar para ele.
Neste artigo, você vai encontrar uma análise completa dos principais pontos abordados na apresentação:
- Quais são as forças que estão moldando o futuro do trabalho?
- O impacto das novas gerações e do envelhecimento populacional
- Por que a evasão de talentos é um desafio urgente para o Brasil?
- A busca por flexibilidade: como equilibrar produtividade e bem-estar?
- Inteligência artificial: mitos, medos e oportunidades reais
- Como o RH pode se tornar protagonista dessa transformação?

Quais são as forças que estão moldando o futuro do trabalho?
A apresentação começou com um panorama de tendências globais e nacionais:
- Envelhecimento populacional: em 2030, 1 em cada 6 pessoas terá mais de 60 anos. Isso representa uma redução na força laboral e um aumento na demanda por serviços de saúde e assistência, segundo a OMS.
- Profissionalização e formação técnica: houve um crescimento de 700% no número de alunos no ensino superior EAD em 10 anos, segundo a CNN Brasil.
- Transformação tecnológica: a IA e a automação já estão impactando milhões de postos de trabalho e criando novas funções.
Essas mudanças demandam uma atuação mais estratégica do RH, que precisa antecipar movimentos e repensar modelos de atração, retenção e desenvolvimento.
Daniel comentou: “A gente está vendo uma mudança estrutural nas relações de trabalho. É o tipo de transformação que exige que a gente pense no RH não como apoio, mas como protagonista.”
O impacto das novas gerações e do envelhecimento populacional
A convivência entre diferentes gerações é uma realidade e, ao mesmo tempo, um desafio. Enquanto a Geração Z e a Geração Alpha chegam com novas expectativas e alta familiaridade com o digital, a população mais velha permanece ativa por mais tempo.
Segundo Daniel Villar: “Não existe geração melhor ou pior. Existe uma necessidade de fazer essas gerações dialogarem, criando espaços para a troca e integração de experiências distintas.”
Na Pontotel, a saúde e o bem-estar dos colaboradores são um dos pilares mais importantes. A empresa busca criar um ambiente que favoreça a longevidade profissional e valorize tanto a experiência quanto a inovação. Carem complementa:
“Não adianta tentar forçar a adaptação da nova geração ao modelo antigo. As empresas que entendem isso saem na frente.”
Ela ainda reforçou que a troca entre gerações pode ser um diferencial competitivo: “A gente tem que aprender a equilibrar a experiência de quem já passou por muita coisa com a energia de quem está chegando agora.”
Por que a evasão de talentos é um desafio urgente para o Brasil?
Entre 2021 e 2022, mais de 194 mil brasileiros emigraram. Profissionais altamente qualificados estão deixando o país por motivos como:
- Busca por qualidade de vida
- Salários mais competitivos
- Possibilidade de trabalho remoto internacional, segundo a Deel
Carem reforça: “O desafio é criar um ambiente em que o colaborador queira ficar. Flexibilidade, autonomia, propósito e reconhecimento são essenciais para isso.” Esses elementos têm ganhado protagonismo nas decisões dos profissionais, que avaliam não apenas a remuneração, mas também o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a cultura organizacional antes de aceitar ou permanecer em uma vaga.
Daniel reforçou o alerta: “Hoje, a gente não está só competindo com a empresa da cidade ao lado. Estamos disputando profissionais com o mundo inteiro.”
A competição por talentos ganhou escala global, e empresas que não se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de perder seus melhores quadros. Ele ainda destacou que reter talentos exige ações concretas: “O discurso precisa virar prática. Ambiente tóxico, falta de transparência e ausência de perspectiva de crescimento afastam até o melhor profissional.”
A busca por flexibilidade: como equilibrar produtividade e bem-estar?
O modelo tradicional de trabalho está sendo questionado. A flexibilidade se tornou prioridade para as novas gerações:
- 22% afirmam que voltar ao escritório não é uma opção.
- 43% dos desempregados só aceitariam cargos 100% presenciais se não tivessem outra alternativa.
- 57% dos diretores que impuseram retorno ao presencial relataram queda de produtividade, segundo uma pesquisa da Robert Half.
“Não existe modelo ideal. Existe o que é possível para cada empresa. O segredo está em oferecer alternativas e escutar as necessidades do time”, pontuou Daniel.
Para os cargos que exigem presencialidade, é preciso buscar outras formas de engajar: jornadas reduzidas, benefícios mais robustos, programas de bem-estar e escuta ativa. Carem acrescenta:
“Não dá mais para medir produtividade só por horas trabalhadas. As empresas precisam acompanhar por entregas e resultados.”
Inteligência artificial: mitos, medos e oportunidades reais
A IA não é o futuro: é o presente. Segundo o FMI, 40% dos empregos no mundo serão afetados pela IA. No Brasil, a previsão é que 37% dos postos possam ser impactados.
Mas o ponto-chave é: como as empresas estão se preparando?
Carem ressalta: “A tecnologia precisa ser uma aliada da gestão. Ferramentas de monitoramento, feedback, produtividade e jornada ajudam a criar um ambiente mais transparente e inteligente, sem ser invasivo.”
Daniel destacou: “A IA não vai tirar o lugar do ser humano. Vai tirar o lugar de quem não souber usar IA. É o momento de experimentar, de testar. As empresas que tiverem coragem de aplicar IA com estratégia vão se destacar.”
A ascensão da inteligência artificial não impõe apenas uma atualização de ferramentas, mas uma reconfiguração da lógica de trabalho. Não se trata de substituir pessoas por sistemas, e sim de redefinir quais capacidades humanas passam a ser mais valiosas em um mundo automatizado, como pensamento crítico, adaptabilidade e inteligência emocional.
As empresas que entenderem isso não apenas sobreviverão à transformação digital, mas usarão esse momento como ponto de virada.
Como o RH pode se tornar protagonista dessa transformação?
O futuro do trabalho não se constrói sozinho. O RH precisa assumir seu papel como área estratégica, com apoio da tecnologia e foco em:
- People Analytics: análise de dados para tomadas de decisão embasadas
- Experiência do colaborador: desde o onboarding até a retenção
- Gestão de jornada participativa: colaboradores e gestores compartilhando responsabilidades
- Plataformas intuitivas: simplicidade e usabilidade como prioridade
“O RH não pode mais se contentar em ser suporte. Ele tem que estar na mesa da estratégia. E a tecnologia está aí para ajudar nisso.” conclui Carem.
O papel da Pontotel no futuro do trabalho
A Pontotel acredita que o futuro do trabalho não se constrói com improviso, e sim com dados, estratégia e ferramentas inteligentes.
Em um cenário onde flexibilidade, inovação e personalização são cada vez mais exigidas por profissionais e empresas, a gestão de pessoas precisa deixar o papel operacional para assumir seu espaço como motor da transformação.
É exatamente aí que a Pontotel entra: com uma plataforma completa de controle de ponto, gestão de jornada e análise de dados que ajuda empresas de todos os portes a enfrentarem os desafios do presente e se prepararem para o futuro.
Se a sua organização quer reter talentos, adaptar modelos de trabalho, incorporar tecnologia com inteligência e colocar o RH no centro das decisões, a hora de agir é agora.
Fale com nossos especialistas e descubra como a Pontotel pode ser sua aliada nessa jornada.

Conclusão
O futuro do trabalho é complexo, dinâmico e inevitavelmente humano. Não se trata apenas de tecnologia, mas de como usamos a tecnologia para aproximar, ouvir, analisar e transformar como trabalhamos.
A Pontotel acredita que essa transformação passa por gestões mais inteligentes, processos mais conectados e pessoas no centro da estratégia.Quer continuar acompanhando insights como este? Assine a newsletter Ponto News, acesse nosso blog e fique por dentro dos próximos episódios do Papo de Gente e Gestão.