Equidade de gênero nas empresas: importância e como implementar!
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Time Pontotel 17 de abril de 2023 Departamento Pessoal

Equidade de gênero nas empresas: entenda a importância e veja as principais ações para implementar!

Saiba a importância da equidade de gênero nas empresas, seu impacto e veja algumas ações para promovê-la nas empresas. Leia mais!

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A equidade de gênero tem sido tema de múltiplos debates nos últimos anos. Cada vez mais, as mulheres vêm buscando seu espaço dentro da sociedade, seja através de movimentos sociais ou de reivindicação de direitos

Mas a equidade não vem apenas de assegurar direitos. Não basta apoiar os movimentos sociais. É preciso que haja uma contracultura, um processo de desconstrução do pensamento vigente para que um novo possa emergir. 

Por essa razão, o termo usado é equidade, e não igualdade. Igualdade pressupõe que todos sejam tratados da mesma forma. Equidade é a busca por assegurar que as pessoas tenham o que elas precisam. E as mulheres precisam de oportunidades iguais. 

Neste artigo, um panorama sobre equidade de gênero será traçado levando em conta sua importância e implementação. Leia, reflita e veja quais ações você pode realizar no seu dia a dia! 

Boa leitura!

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O que é a equidade de gênero?

A equidade de gênero é a promoção de um tratamento justo entre homens e mulheres, de acordo com as suas necessidades. A questão da equidade começa já no ambiente familiar, em como os papéis são divididos no lar, e transborda para outras áreas da sociedade. 

Nas empresas, essa pauta normalmente é inserida através de workshops e palestras, porém, é necessário muito mais que apenas expor o problema. 

Criar mecanismos para implementar essa discussão é apenas o primeiro passo. Além disso, é preciso garantir sustentabilidade. O debate da equidade de gênero precisa se tornar parte da cultura da empresa e ser fomentado pelos líderes, pelo RH e pelos colaboradores. 

Para entender um pouco mais sobre a raiz desta questão, é necessário obter alguns fatores sociais e históricos. Continue lendo para entender melhor. 

Falta da equidade de gênero no mercado de trabalho

imagem de peças de metal ao lado de símbolos do sexo feminino e masculino de metal

Para falar da falta de equidade de gênero no mercado, é preciso medir alguns fatores-chave que ampliam essa disparidade entre homens e mulheres no universo do trabalho:  

Existem muitas pesquisas e estudos para corroborar esses índices. Veja, a seguir, alguns dados que representam essa lacuna. 

Indicadores

Quanto à questão salarial, uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que em 2019, as mulheres receberam 77% dos salários dos homens. Em cargos de gestão, como diretores e gerentes, a discrepância é ainda maior: 61,9%. 

Considerando que este foi um período pré-pandemia, a situação fica ainda mais alarmante. Um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês) indica que a pandemia de COVID-19 atrasou em 136 anos a paridade de gênero. 

As mulheres também ocupam menos cargos de liderança que homens. O IBGE também divulgou que, mesmo tendo mais estudo e assiduidade, as mulheres ocupavam apenas 37,4% dos cargos gerenciais em 2019. 

Outro indicador expressivo é o da permanência nos empregos: no Brasil, metade das mulheres ficam desempregadas um ano após ter filhos, seja por demissão ou por decidirem largar o emprego, conforme revela pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Estes indicadores mostram a expressiva necessidade de investimento em equidade de gênero. Mas, na prática, qual a importância disso? Confira a seguir!

Importância da equidade de gênero no trabalho

Para que se possa falar da importância da equidade de gênero no trabalho, é interessante analisar dois pilares: 

  • Empoderar as mulheres;
  • Reeducar os homens. 

Com o primeiro pilar, as mulheres assumem protagonismo sobre suas próprias carreiras. A justiça de um salário igualitário e a possibilidade de ocupar cargos de gestão proporciona melhor qualidade de vida, voz ativa dentro da empresa e maior autoconfiança. 

O segundo pilar conduz os homens a entenderem e reconhecerem os direitos das mulheres ao desconstruir a ideia de que a masculinidade pressupõe autoridade, superioridade e direito ao poder. 

Mas como as empresas podem ajudar nesse processo? Entenda!

Como as empresas podem aumentar a equidade de gênero?

imagem de duas pessoas sentadas em uma mesa se cumprimentando ao lado de duas mulheres também sentadas na mesa

Antes de falar em qualquer ação que a empresa possa tomar, é preciso começar do básico: o reconhecimento dos direitos e das realidades das mulheres na cultura corporativa. 

O diálogo é necessário. A pauta precisa ser introduzida no cotidiano da empresa, ela não pode ser um evento acessório, esporádico, no qual os funcionários tenham de cumprir hora. 

A equidade de gênero, bem como outras questões de diversidade, deve ser tratada como uma questão de responsabilidade social e fazer parte do planejamento estratégico da empresa. 

Ou seja, deve haver um planejamento com ações concretas para garantir a equidade dentro do espaço corporativo. Continue lendo para entender mais sobre essas ações. 

Principais ações para implementar a equidade de gênero

Quando há diálogo e objetivos claros para a gestão e o RH, as empresas podem confeccionar algumas ações para promover a equidade de gênero. Elas podem vir em âmbito social ou econômico. 

Independente de qual for a ação, ela deve ser verdadeira. Há de haver um compromisso com a transparência da causa, de modo que o engajamento se torne real e palpável. 

Confira três ações essenciais que sua empresa pode tomar a partir de hoje!

1. Recrutamento direcionado

A primeira ação é imprimir no recrutamento uma intencionalidade que favoreça a contratação de mulheres. Seja por busca ativa, ou por políticas de ações afirmativas que priorizem mulheres por conta de reparação histórica. 

2. Salários padronizados 

Ter uma tabela com os salários relacionados a cada vaga, independente do gênero, é uma forma de se promover a equidade. O mesmo se aplica aos critérios de promoção dentro da empresa: o gênero do colaborador não pode pesar na decisão. 

3. Criação de um ambiente seguro

Uma pesquisa realizada em 2020 pelo Instituto Patrícia Galvão relata que 47% das mulheres entrevistadas já sofreram algum tipo de situação vexatória no trabalho, contra 24% dos homens. 

O trabalho deve ser um ambiente no qual mulheres se sintam seguras e possam exercer seu direito à maternidade sem temer uma possível demissão. Além disso, qualquer forma de assédio tem de ser recebida com tolerância zero e punições efetivas pela gestão. 

Além dos ganhos obtidos pela promoção destas ações, existem outros benefícios que a empresa pode colher com a equidade de gênero. 

Como a equidade de gênero pode ser benéfica para as empresas? 

Ao pensar em benefícios trazidos pela equidade de gênero, o primeiro setor que recebe transformações positivas é o social. Empresas que promovem equidade têm melhor aprovação social, mais procura e uma maior retenção de talentos

Associar sua agenda à diversidade e comunicar seu compromisso com a equidade torna a empresa mais humana e contribui melhor com a comunidade, fomentando suas causas. 

No entanto, quais os benefícios práticos da liderança feminina?

Liderança feminina

Em 2019, a Organização Mundial do Trabalho publicou um relatório intitulado Women in Business and Management: The Business Case for Change (Mulheres nos Negócios e Gestão: O Case de Negócios para a Mudança). 

A pesquisa traz alguns exemplos de benefícios trazidos pela liderança feminina: 

  • Os entrevistados relatam ganhos em produtividade, rentabilidade, criatividade e inovação em equipes com maior diversidade de gênero;
  • Empresas que promovem equidade de gênero retêm talentos com mais facilidade;
  • No tocante à receita, as empresas que incentivam a diversidade relatam um aumento de 10 a 15%. 

Após a observação da importância da equidade de gênero nas empresas, as ações que podem ser tomadas e os benefícios da liderança feminina, resta saber o que o RH pode fazer para contribuir com a causa. 

Qual o papel do RH?

Enquanto principal conexão entre a gestão e o colaborador, o RH tem por missão a de ouvir as dores femininas nos locais de trabalho. Abrir um canal de comunicação seguro e transparente é o principal caminho. 

Mas não basta ouvir as colaboradoras. É preciso conscientizar a equipe, principalmente os homens, quanto aos direitos e às necessidades das mulheres. 

Estabelecer um diálogo pautado em equidade, traçar metas, mensurar os ganhos e agir de modo a criar oportunidades iguais são as contribuições mais valiosas que o RH pode fazer. 

Conclusão

imagem de duas mulheres e dois homens em pé estendendo as mãos se cumprimentando

Sabe-se, hoje, que conceitos antiquados sobre papéis de gênero já caíram em desuso, como o de mulheres serem as mantenedoras do lar enquanto os homens trabalham. 

Um exemplo disso é o fato de as mulheres estarem se inserindo em profissões predominantemente masculinas e conquistando seu espaço no mercado de trabalho. 

Com essas mudanças, vem também uma série de paradigmas a serem desconstruídos, como questões de salários e carreiras, que já estão enraizados na cultura do trabalho, mas precisam ser desconstruídos através de ações afirmativas e pontuais. 

Ao promover a equidade de gênero, as empresas se beneficiam e, ao mesmo tempo, a sociedade como um todo dá um passo adiante na aceitação da diversidade e na luta por direitos iguais para homens e mulheres. 

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