Desaprender: uma habilidade essencial para o RH!
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Time Pontotel 8 de agosto de 2024 Departamento Pessoal

Entenda o que é desaprender e como essa prática pode ser aplicada no RH

Aprenda o que está por trás do conceito de desaprender no mundo corporativo e como a equipe de RH pode usá-lo nas empresas.

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A noção de desaprender pode parecer inicialmente contraintuitiva. Em um mundo onde o aprendizado contínuo é incentivado, desaprender soa quase como um paradoxo. No entanto, isso é o que está no cerne das verdadeiras mudanças e inovações que as empresas precisam abraçar para prosperar durante o século XXI. 

No Brasil, esse desafio é ainda mais premente. Segundo uma pesquisa da McKinsey, intitulada “OrgBRTrends 2023”, quase 70% das lideranças brasileiras reconhecem que não estão preparadas para reagir às transformações em curso.

Para muitos executivos, lidar com essas mudanças não é apenas uma questão de implementar novas tecnologias ou processos, pois a verdadeira mudança passa por capacitar as equipes a desaprender antigas formas de pensar e agir.

Este guia traz mais detalhes sobre o que está por trás dessa noção de desaprender e qual é o papel do RH nas inovações que o mundo corporativo precisa enfrentar. Confira abaixo um breve resumo do que está explicado mais adiante:

Transforme a maneira como sua equipe encara as mudanças!

O que é desaprender?

homem com a mão no queixo com expressão de pensativo

O conceito de desaprender, ou “unlearning”, é o processo de abandonar formas antigas de trabalhar ou pensar sobre o trabalho. Na prática, significa deixar de usar métodos ineficientes de organizar e capturar informações para adotar novas maneiras de colaboração e interação em uma organização. 

Segundo uma publicação da Forbes, líderes empresariais que se adaptam ao desaprender são aqueles que substituem antigos paradigmas por novos:

Desaprender envolve abandonar velhos paradigmas para permitir que novos prosperem – essencialmente reiniciando nossas mentes e organizações. Adaptar-se a este momento não envolve apenas dominar as ferramentas digitais mais recentes. Em vez disso, o primeiro passo é abandonar a programação que atrapalha a nossa curiosidade e criatividade naturais”

Tradições e hierarquias rígidas podem ser obstáculos a esse processo. Por isso, líderes que abraçam o desaprender fomentam uma cultura de inovação. Eles abrem espaço para que suas equipes questionem o status quo e explorem ideias sem medo de represálias.

Afinal, é possível desaprender?

O conceito de desaprender não é sobre esquecer completamente o que se sabe. É sobre reconhecer que algumas habilidades, conhecimentos e atitudes podem estar desatualizados e devem ser substituídos por novas formas de agir.

Desaprender exige uma mentalidade aberta e a disposição de aceitar que nem sempre se está certo. É um convite à autorreflexão e ao reconhecimento de que o aprendizado é um ciclo que inclui tanto a aquisição quanto a eliminação de conhecimento.

Qual a importância de desaprender?

A importância do desaprender reside na capacidade de abandonar conceitos, práticas e até mesmo mentalidades que já não são mais relevantes. Com a explosão de dados e informações disponíveis no século XXI, a habilidade de filtrar o que é relevante do que é supérfluo se torna uma vantagem competitiva.

Alvin Toffler, renomado escritor norte-americano, previu que “o analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. No ambiente corporativo, isso se traduz em promover uma cultura que valoriza a experimentação e a adaptação rápida às mudanças do mercado.

Como praticar o unlearning?

Em artigo da Harvard Business Review, o consultor de negócios Mark Bonchek sugere três passos para praticar o unlearning e buscar novos paradigmas:

Reconhecer o que não é efetivo

Se há a necessidade de mudança, o velho modelo não é efetivo. Reconhecer isso é o ponto de partida para o unlearning. No entanto, se alguém quiser substituir paradigmas antigos por novos, será preciso antes examinar como as coisas são feitas e os resultados são alcançados

A pergunta-chave é se essas práticas continuam alinhadas com os objetivos da empresa ou se estão se tornando obstáculos para o progresso. É necessário procurar por padrões que possam estar limitando o potencial da equipe ou de toda a organização.

Encontrar ou criar um novo modelo

Modelos de trabalho são formas bem acabadas de anos de tentativa e erro. Por isso, alternativas a um modelo antigo não precisam ser formuladas do zero. Experiências passadas e insights acumulados podem servir de base para novos paradigmas.

As alternativas corrigem deficiências identificadas e abrem novos caminhos para inovação. Para encontrá-las, pode ser necessário revisar métricas de desempenho, feedback dos clientes e outros dados que ajudem a identificar padrões e novas oportunidades.

Incorporar ou reforçar novos hábitos e comportamentos

No terceiro passo do unlearning, ação é a palavra de ordem. Aqui, não basta identificar e adotar novos modelos. É preciso incorporar e reforçar novos hábitos e comportamentos que sustentem essas mudanças a longo prazo.

A liderança assume um papel central nessa etapa. Líderes devem modelar os novos comportamentos que esperam ver em seus times. Por meio do exemplo, eles podem inspirar e guiar os funcionários na adoção das novas práticas.

Como o desaprender pode ser aplicado no RH?

Mulher sentada de frente para um notebook conversando com um homem em pé ao seu lado

Um líder disposto a renovar os paradigmas da sua empresa precisa que os membros da sua equipe abandonem hábitos antigos e se adaptem a novas atividades. Por isso, a equipe de RH tem uma missão nesse processo. 

É o RH que está na linha de frente quando se trata de moldar e influenciar a cultura organizacional. Confira a seguir como isso acontece na prática.

Adaptação a novas tecnologias

Se os funcionários de uma empresa entenderem que a adoção de novas tecnologias aumenta a burocracia ou não simplifica suas tarefas, é normal que a empresa acabe sofrendo com uma resistência natural à mudança. Logo, cabe ao RH acompanhar transições na troca de tecnologias para desenvolver equipes mais resilientes.

Melhora na cultura organizacional

Muitas vezes, práticas antigas e ineficientes se enraízam na cultura da empresa. O RH pode atuar como um agente de mudança para incentivar comportamentos que se alinhem melhor com a missão e os objetivos atuais da organização.

Mudanças culturais não acontecem rapidamente, mas com comunicação e liderança exemplar, a nova cultura se solidifica e cria um ambiente de trabalho mais produtivo.

Desenvolvimento de treinamentos

É normal que a empresa precise constantemente reavaliar programas de treinamento para garantir que eles auxiliem os funcionários a desaprender práticas obsoletas.

Quando os treinamentos são aplicados ao trabalho diário, os funcionários veem claramente o valor das novas práticas e são mais propensos a adotá-las. Workshops, sessões de coaching e programas de mentoria são algumas das possibilidades

Conclusão

Fica claro que desaprender não se limita a abandonar velhos hábitos ou conhecimentos obsoletos. Trata-se de um processo contínuo de questionar, adaptar e evoluir que está na base das reais mudanças que as empresas precisam enfrentar.

O departamento de RH, encarregado de gerenciar os profissionais da empresa, enfrenta cada vez mais o desafio de participar de transformações organizacionais profundas. Como foi visto neste artigo, essas transformações demandam estratégias para criar um ambiente propício à criatividade e à colaboração.

Para construir um futuro empresarial sustentável no século XXI, continue aprendendo com as novidades publicadas no blog Pontotel.

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