Quais os benefícios e malefícios da competitividade no trabalho? Veja dicas e o papel do RH!

Desde os primeiros anos escolares até o ambiente profissional, a competitividade é uma característica presente no comportamento humano. Essa qualidade, embora possa ser benéfica ao impulsionar o progresso, também pode ter efeitos negativos, especialmente quando se trata da competitividade no trabalho.

O tema é muito estudado na área da psicologia e divide opiniões entre especialistas. Por exemplo, enquanto a teoria da motivação de Maslow explica que a competição pode ser uma fonte de motivação para as pessoas, a teoria da aprendizagem social de Bandura sugere que a competição pode levar a comportamentos agressivos e hostis.

Essa dualidade acerca da competitividade faz com que gestores tenham dificuldade em saber se ela deve ser incentivada ou não no ambiente de trabalho.

Por isso, para esclarecer as dúvidas sobre esse tema, este conteúdo abordará os assuntos essenciais sobre competitividade no trabalho, a partir dos tópicos abaixo: 

• O que é competitividade no trabalho?
• Para que serve a competitividade no trabalho?
• Quais os benefícios da competitividade no trabalho?
• Malefícios da competitividade no trabalho
• Quais habilidades desenvolver para a competitividade no trabalho?
• Qual a importância de equilibrar a competitividade no trabalho?
• Qual o papel do RH na competitividade no trabalho?

Acompanhe a leitura e entenda mais!

O que é competitividade no trabalho?

A competitividade no trabalho é vista como o conjunto de atividades e ações que os funcionários realizam para terem destaque e reconhecimento maior que os demais no ambiente de trabalho, buscando a visibilidade que os possibilite avançar na carreira e conquistar promoções de cargo.

Isso divide opiniões entre estudiosos, porque possui benefícios e malefícios. A competitividade ajuda a impulsionar a inovação, proporciona melhorias para processos e contribui com o crescimento pessoal e profissional. Porém, também pode fomentar um ambiente de trabalho hostil, desestimulando a colaboração e gerando tensões.

A presença da competitividade no trabalho de forma saudável consegue mesclar a competitividade com a colaboração, incentivando um ambiente que valorize tanto o crescimento individual quanto o coletivo.

Para que serve a competitividade no trabalho?

A competitividade no trabalho serve para auxiliar os funcionários a inovarem e crescerem profissionalmente, ao mesmo tempo que traz melhorias nos processos da empresa. A partir do fomento de um ambiente com essa característica, a empresa consegue criar um espaço propício à criatividade e produtividade.

Segundo uma pesquisa realizada pela Page Personnel, 90,3% dos profissionais entrevistados acreditam que a competitividade no trabalho é uma característica positiva para empresas e funcionários. Eles entendem que ela serve para aumentar a produtividade e favorecer o desenvolvimento profissional e o crescimento das corporações.

Essa mentalidade focada em competitividade no ambiente de trabalho também é um impulsionador para a melhoria na otimização das operações da empresa, já que os funcionários estão constantemente buscando formas mais eficientes e estratégicas de realizar suas tarefas e, assim, obter uma vantagem sob os demais.

Quais os benefícios da competitividade no trabalho?

Como já mencionado, a competitividade pode trazer diversos benefícios para o trabalho, sendo uma ferramenta motivacional importante no ambiente corporativo, contribuindo tanto para a empresa como para seus funcionários. Veja a seguir os benefícios!

Para colaboradores

A competitividade serve como um motivador para os colaboradores, pois, ao reconhecerem que o destaque pode resultar em benefícios como aumento salarial e promoções, eles se empenham em superar suas dificuldades e aprimorar habilidades para se diferenciarem dos demais. Este impulso leva ao aperfeiçoamento e ao desenvolvimento pessoal.

Para empregadores

Um corpo de funcionários com o pensamento atrelado à competitividade consegue trazer mais inovação e produtividade na empresa. Isso acontece porque, na tentativa de se destacar para receber reconhecimento, um funcionário se esforça mais para atingir seus objetivos e busca formas mais eficientes e criativas de realizar suas atividades.

Malefícios da competitividade no trabalho

Apesar dos benefícios, a competitividade no trabalho, se não controlada, pode trazer malefícios para os funcionários e a empresa, como desunião entre os colegas de trabalho, dificuldade na realização de trabalho em equipe e criação de um ambiente de trabalho desagradável. Entenda com mais detalhes a seguir. 

Para a empresa

Quando a competitividade no ambiente de trabalho atinge níveis elevados, podem surgir problemas significativos para a empresa.

Entre as consequências desse cenário, observam-se altos índices de rotatividade de funcionários, dificuldades na entrega de projetos realizados em equipe, desmotivação entre os colaboradores e até mesmo problemas de saúde mental.

Essa situação se agrava quando a competitividade deixa de ser uma questão implícita e relacionada estritamente ao trabalho, assumindo desavenças pessoais. Isso prejudica as relações entre os funcionários, enfraquecendo os laços e gerando todos os problemas mencionados anteriormente para a organização.

Para o empregado

Um funcionário que leva os sentimentos de competitividade ao extremo pode sofrer com problemas decorrentes do excesso de esforço no trabalho, como ansiedade, frustração, estresse, sensação de exaustão e, em casos mais graves, desenvolvimento da síndrome de burnout.

Além disso, a competitividade pode impactar negativamente suas relações com os colegas, resultando em isolamento e insatisfação no ambiente de trabalho. A soma desses aspectos desfavoráveis pode culminar no desejo de deixar o emprego, levando ao desemprego, o oposto do que se espera obter com a competitividade saudável no trabalho.

Quais habilidades desenvolver para a competitividade no trabalho?

Determinadas habilidades chamam atenção da empresa empregadora e são importantes para se destacar no ambiente de trabalho, principalmente a capacidade de resolução de problemas, a liderança e a comunicação assertiva. Veja a seguir o que são essas características e como desenvolvê-las!

Resolução de problemas

A resolutividade é uma qualidade valorizada pelos empregadores. Para isso, é preciso adotar medidas novas na rotina, como exploração de diversas perspectivas, flexibilidade, adoção de métodos estruturados e aprendizado com as falhas. Essas ações fortalecem a criatividade e a capacidade de encontrar soluções eficazes. 

Comunicação assertiva

Segundo uma pesquisa do PageGroup, a comunicação assertiva está entre as três qualidades mais requisitadas pelas empresas em seus candidatos. Para desenvolver essa habilidade, podem ser feitas ações como treinamentos de comunicação, participação em workshops interativos e prática regular de apresentações.

Liderança

A pesquisa da PageGroup também revelou que a liderança está entre as habilidades comportamentais mais difíceis de encontrar nos profissionais.

Logo, quem constrói um perfil com essa característica se destaca dos demais, e isso pode ser feito por meio de desenvolvimento de habilidades de liderança, com programas de mentoria, cursos de gestão de equipes e vivência em delegação de tarefas em trabalhos em equipe.

Qual a importância de equilibrar a competitividade no trabalho?

Para desfrutar dos benefícios da competitividade no trabalho, é importante haver um controle para manter o equilíbrio e permitir que as ações aconteçam de forma saudável, evitando a criação de um ambiente hostil e pouco colaborativo. 

Imagine que um departamento esteja competindo por um projeto. Então, o controle adequado envolve estabelecer metas claras e igualitárias, incentivar a cooperação entre os membros e criar um ambiente de suporte mútuo, evitando comportamentos prejudiciais à colaboração, como sabotagem, e valorizando o esforço coletivo.

Quando a empresa não intervém na competitividade excessiva, pode ocorrer um cenário negativo. Os funcionários tendem a focar apenas em superar uns aos outros, causando divisões, problemas de comunicação e desvalorização do trabalho em equipe, gerando um ambiente no qual os objetivos individuais superam o sucesso coletivo.

Qual o papel do RH na competitividade no trabalho?

A empresa, principalmente o setor de RH, deve estar atenta sobre o estímulo e controle da competitividade no trabalho. É possível implementar ações para fomentar a competitividade saudável e garantir os diversos benefícios da competitividade no ambiente corporativo. 

Cabe ao setor de Recursos Humanos a realização de atividades que ajudem a equilibrar a competitividade no trabalho, tais como: 

• Estabelecimento de metas coletivas;
• Reconhecimento e recompensas de conquistas individuais e de equipe;
• Promoção de uma cultura de feedback construtivo;
• Construção de planos de carreira;
• Gestão de conflitos;
• Oportunidades de treinamento e desenvolvimento igualitário;
• Imparcialidade nas decisões;
• Incentivo à transparência no trabalho.

Essas e as demais atividades realizadas pelo setor de RH garantem que a competitividade seja um impulso positivo para o desenvolvimento profissional e o sucesso organizacional e não cause prejuízos para a empresa e para o colaborador.

Conclusão

Por fim, ficou evidente que a competitividade no trabalho conta com uma dualidade que exige esforço da empresa para que se aproveite os benefícios e evite problemas com a competitividade excessiva. Se bem trabalhada, a competitividade no trabalho pode impulsionar a inovação e fortalecer a equipe. 

Ao adotar estratégias que valorizem a colaboração e o crescimento profissional, a empresa demonstra seu compromisso com o desenvolvimento dos colaboradores e o alcance de metas coletivas, por meio de uma competitividade saudável.

Seguindo as orientações apresentadas neste artigo, será possível promover uma competição construtiva, incentivando o desempenho individual e coletivo, criando um ambiente em que os funcionários se sintam motivados a superar desafios.

Foi possível entender mais sobre competitividade no trabalho? Se sim, compartilhe o texto com seus colegas para que eles também fiquem por dentro do assunto. Também não se esqueça de continuar acompanhando o blog Pontotel para ler sempre as últimas atualizações sobre o mundo corporativo!