Como desenvolver autoestima no trabalho
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Time Pontotel 4 de fevereiro de 2025 Gestão de Pessoas

Autoestima no trabalho: qual a importância, o papel do RH e dicas de como desenvolver

Entenda o que é a autoestima no trabalho, por que ela é importante no engajamento e na produtividade dos colaboradores e como desenvolvê-la.

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A autoestima no trabalho é um dos principais fatores que influenciam a produtividade, o engajamento e o bem-estar dos colaboradores. 

Um ambiente de trabalho que promove a confiança e o respeito mútuo contribui para equipes mais felizes e comprometidas. 

Neste artigo, serão exploradas dicas sobre como identificar os sinais de baixa autoestima e criar estratégias para desenvolver a autoestima no ambiente corporativo, além de explorar alguns conceitos e obras que aprofundam o assunto. 

Para que o entendimento seja facilitado e pleno, o texto será desmembrado nos tópicos a seguir: 

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Boa leitura!

O que é autoestima?

Segundo a American Psychological Association (APA), autoestima é definida como “o grau em que as qualidades e características contidas no autoconceito de uma pessoa são percebidas como positivas”. 

Em outras palavras, trata-se da avaliação que um indivíduo faz de si, envolvendo autoconfiança, autovalorização e senso geral de competência.

A autoestima é formada por fatores como experiências de vida, contexto social e feedback externo. No trabalho, ela está diretamente ligada ao desempenho, à motivação e à capacidade de lidar com desafios. 

Colaboradores com autoestima elevada são mais resilientes e dispostos a enfrentar mudanças. Já aqueles com baixa autoestima frequentemente apresentam insegurança, medo de errar e dificuldades em se engajar.

Albert Bandura, renomado psicólogo, introduziu o conceito de autoeficácia, que é a crença de uma pessoa em sua capacidade de realizar tarefas e atingir objetivos. 

Ainda de acordo com Bandura, a autoconfiança derivada da autoeficácia está diretamente ligada à eficácia e produtividade, pois indivíduos que acreditam em suas habilidades tendem a se esforçar mais, persistir diante de desafios e lidar melhor com adversidades. 

Isso resulta em melhor desempenho e maior realização tanto no âmbito pessoal quanto profissional.

Quais são os pilares da autoestima?

imagem que representa equilírio

A autoestima no trabalho não é construída de forma isolada; ela depende de condições que promovem confiança, reconhecimento e pertencimento. Segundo um estudo da Harvard Business Review, três pilares principais sustentam a autoestima em ambientes corporativos:

  1. Autonomia: refere-se à liberdade de tomar decisões e gerenciar responsabilidades de forma independente. Assim, colaboradores sentem que suas habilidades são valorizadas e sua voz importa. Isso promove um senso de controle sobre o próprio trabalho, que constrói a confiança;
  2. Competência: o sentimento de competência surge quando as pessoas percebem que possuem as habilidades necessárias para realizar suas tarefas com sucesso. Feedbacks construtivos, treinamentos regulares e oportunidades de aprendizado contínuo reforçam esse pilar. Funcionários que se sentem competentes tendem a ser mais engajados e produtivos;
  3. Pertencimento: o senso de pertencimento é criado quando os colaboradores se sentem parte de uma equipe ou propósito maior. Ambientes de trabalho inclusivos, em que as contribuições individuais são reconhecidas, ajudam a construir esse sentimento. A conexão emocional com colegas e líderes também fortalece o engajamento e a autoestima.

Qual a importância da autoestima no trabalho?

Não existe saúde organizacional e desempenho individual dos colaboradores sem uma boa autoestima. 

Quando os funcionários têm autoestima elevada, eles realizam suas tarefas de forma mais eficiente e contribuem para um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.

Como identificar a baixa autoestima no trabalho?

Identificar sinais de baixa autoestima em uma equipe exige atenção e sensibilidade por parte do RH e das lideranças. 

Funcionários que evitam desafios, resistem a mudanças ou demonstram constante insatisfação podem estar enfrentando dificuldades relacionadas à autovalorização. 

Sintomas da baixa autoestima no trabalho:

  • Falta de confiança: colaboradores inseguros evitam tomar decisões ou assumir responsabilidades;
  • Procrastinação: o medo de errar pode levar ao adiamento de tarefas importantes.
  • Dificuldade em lidar com críticas: a baixa autoestima torna o feedback construtivo mais difícil de ser aceito;
  • Desinteresse: funcionários desmotivados tendem a se desconectar dos objetivos da empresa.

Além disso, a baixa autoestima afeta diretamente os índices de engajamento e retenção, aumentando custos de recrutamento e diminuindo a produtividade geral.

Dessa maneira, os líderes devem observar comportamentos como a relutância em contribuir em reuniões ou a ausência de iniciativa em projetos.

Como a autoestima afeta o ambiente de trabalho?

A autoestima tem um efeito cascata no ambiente corporativo. Quando os colaboradores se sentem valorizados e confiantes, isso se reflete positivamente na comunicação interpessoal, no trabalho em equipe e na qualidade das entregas. 

Em contrapartida, a baixa autoestima pode criar um ambiente tóxico, marcado por conflitos, baixa motivação e alta rotatividade

A solução passa por criar uma cultura organizacional que valorize o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os membros da equipe.

Qual é o papel do RH em relação à autoestima dos colaboradores?

O RH é um agente central na promoção da autoestima no ambiente de trabalho. Ele é quem promove condições que favoreçam a confiança, o engajamento e o bem-estar emocional dos colaboradores. 

Iniciativas como feedback contínuo, reconhecimento e suporte ao desenvolvimento contínuo fomentam um ambiente em que os funcionários se sentem valorizados, gerando a segurança psicológica que precisam para se sentirem confiantes. 

Esse conceito de segurança psicológica foi definido por Amy Edmondson como “um ambiente em que os membros da equipe sentem que podem assumir riscos interpessoais sem medo de retaliações ou julgamentos”. 

Esse tipo de ambiente permite que os colaboradores se expressem livremente, contribuindo para uma cultura organizacional mais inclusiva e inovadora. 

Dicas para o RH melhorar a autoestima dos colaboradores

imagem de grupo de pessoas com às mãos para cima comemorando

O Recursos Humanos, como mediador entre os funcionários e a cultura organizacional, tem um papel estratégico na construção de um ambiente que valoriza e motiva os profissionais. 

A seguir, encontram-se dicas práticas que podem ajudar o RH a fortalecer a autoestima no ambiente de trabalho, promovendo confiança, engajamento e satisfação entre as equipes.

Fornecer um ambiente de trabalho seguro

Ambientes seguros, em que os colaboradores se sentem confortáveis para expressar opiniões e compartilhar ideias, promovem a autoestima. 

Isso inclui implementar medidas para prevenir assédio, criar canais de comunicação abertos e garantir que todos sejam tratados com respeito.

Incentivar a cultura de feedback

O feedback construtivo é uma ferramenta poderosa para fortalecer a autoestima. 

Ele deve ser claro, equilibrando críticas e elogios, e sempre direcionado ao desenvolvimento do colaborador.

Investir no bem-estar dos funcionários

Programas de bem-estar, como acesso a psicólogos, práticas de mindfulness e horários flexíveis, ajudam a melhorar a saúde mental e emocional dos colaboradores, refletindo positivamente na autoestima.

Reconhecer as conquistas

Reconhecer o esforço e os resultados dos colaboradores, tanto em público quanto em privado, cria um senso de valorização e pertencimento. 

Programas de incentivo e recompensas também são eficazes para manter a motivação alta.

Conclusão 

A autoestima no trabalho não é apenas um reflexo da percepção individual, mas também um indicador de saúde organizacional. 

Empresas que investem no bem-estar emocional de seus colaboradores criam ambientes mais produtivos, inovadores e engajados. 

O RH tem um papel central nesse processo, ajudando a construir uma cultura de reconhecimento, respeito e apoio ao crescimento.

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