Veja como aplicar os arquétipos na sua gestão de pessoas
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Time Pontotel 1 de abril de 2025 Gestão de Pessoas

Arquétipos no RH: como essa metodologia pode colaborar com o mapeamento do comportamento para uma gestão estratégica

Saiba como usar os arquétipos no RH, quais são os principais arquétipos utilizados no mercado e como cada perfil se encaixa dentro de funções na sua empresa.

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Uma das metodologias que têm ganhado popularidade e sido usadas é a dos arquétipos no RH, uma abordagem baseada na psicologia que auxilia na identificação de perfis comportamentais, na comunicação eficaz, no recrutamento estratégico e no desenvolvimento organizacional.

A aplicação de arquétipos nas empresas possibilita a criação de equipes mais equilibradas e alinhadas aos valores e objetivos da organização. 

Esse conceito, estudado pela psicologia analítica e adaptado para o corporativo, permite que líderes e gestores compreendam motivações, medos e aspirações dos colaboradores, criando ambientes de trabalho mais produtivos e harmoniosos. 

Ao longo deste artigo, será feito um detalhamento de como os arquétipos podem ser usados no RH, suas principais aplicações e os benefícios que essa metodologia pode proporcionar.

Os principais assuntos que englobam o tema são:

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Boa leitura!

 

O que é um arquétipo?

silhueta de quatro rostos humanos recortados em papel colorido com fundo laranja

O termo arquétipo foi cunhado pelo psiquiatra Carl Gustav Jung, um dos maiores nomes da psicologia analítica. 

Segundo ele, os arquétipos são padrões universais de comportamento e personalidade que fazem parte do inconsciente coletivo da humanidade

São modelos que influenciam a maneira como as pessoas pensam, sentem e agem, moldando desde crenças e emoções até a forma como tomam decisões.

Jung identificou diversos arquétipos ao longo de seus estudos, sendo que cada um representa uma faceta da psique humana. 

Esses arquétipos podem ser observados na literatura, na mitologia e, mais recentemente, no ambiente corporativo

Existe uma relação entre arquétipo e psicologia?

Os arquétipos possuem uma forte base na psicologia analítica, sendo amplamente estudados em diversas áreas do conhecimento humano. 

Jung argumentava que esses padrões de comportamento são herdados cultural e geneticamente, influenciando as emoções, os pensamentos e as reações das pessoas.

Essa relação com a psicologia torna a metodologia dos arquétipos muito útil para a gestão de talentos por possibilitar o alinhamento das estratégias organizacionais com as motivações de cada profissional.

 

Quais são os principais arquétipos que existem?

Ao todo, existem 12 arquétipos. 

Mas os principais arquétipos conhecidos no mercado, tanto no ambiente corporativo, quanto em outras áreas de estudo como o Marketing, são: 

  • O Líder: corresponde a indivíduos naturalmente inclinados a tomar decisões estratégicas e inspirar suas equipes. Pessoas com esse perfil são assertivas, confiantes e motivadas por desafios;
  • O Cuidador: tais indivíduos valorizam o bem-estar das pessoas e priorizam o apoio emocional dentro da equipe. São essenciais em funções que exigem empatia e acolhimento;
  • O criador: movidos pela inovação e criatividade, esses profissionais têm um olhar voltado para soluções disruptivas e melhorias contínuas;
  • O sábio: essas pessoas são analíticas, críticas e valorizam o conhecimento. Geralmente ocupam posições de consultoria, análise de dados ou pesquisa;
  • O explorador: esses profissionais têm um perfil curioso e dinâmico, sempre buscando novas experiências e oportunidades. São ideais para cargos que exigem flexibilidade e adaptação;
  • O herói: motivados por desafios, esses indivíduos têm um espírito competitivo e estão constantemente buscando superação e conquistas.

Cada um desses arquétipos possui características que impactam diretamente a forma como as equipes operam e a cultura organizacional da empresa.

Qual é a importância dos arquétipos para o RH?

Para o RH, os arquétipos são usados para compreender padrões de comportamento e melhorar a gestão de pessoas, ajudando o departamento a criar equipes mais sinérgicas e produtivas.

Por exemplo, ao entender que um colaborador possui um perfil explorador, que se sente motivado pela inovação e pelos desafios, a empresa pode direcioná-lo para projetos que exijam criatividade e resolução de problemas

Da mesma forma, um profissional com perfil cuidador, que prioriza o bem-estar dos colegas, pode ser mais adequado para funções que exigem empatia e colaboração, como atendimento ao cliente ou gestão de pessoas.

Essa abordagem também melhora a comunicação interna, garantindo que cada colaborador receba feedbacks e diretrizes de maneira adequada ao seu perfil comportamental.

Para a diretora de Pessoas e Cultura da Sankhya, Mariá Menezes Boaventura, “[…] as pessoas são um dos principais diferenciais que uma empresa pode ter, onde ela pode conseguir uma vantagem competitiva.”.

 

Qual a relação dos arquétipos com padrões de comportamento no ambiente de trabalho?

Cada arquétipo reflete um conjunto de valores e comportamentos que influenciam diretamente como os profissionais se relacionam e contribuem para a empresa.

Esses padrões de comportamento impactam como as equipes tomam decisões, se comunicam e lidam com desafios diários.

Ao identificar esses perfis, o RH pode criar estratégias personalizadas de engajamento e motivação, garantindo que os colaboradores atuem em funções compatíveis com seus talentos e características pessoais. 

Como os arquétipos influenciam a tomada de decisão?

A tomada de decisão é um dos aspectos mais influenciados pelos arquétipos. Cada perfil psicológico possui uma abordagem distinta quando se trata de resolver problemas e definir estratégias.

O Líder, por exemplo, tende a tomar decisões rapidamente, confiando em sua intuição e experiência. Ele se sente confortável assumindo riscos calculados e lidando com desafios. 

Já o Sábio prefere analisar todas as variáveis possíveis antes de agir, tomando decisões baseadas em dados e evidências.

Por outro lado, o Criador pode adotar uma abordagem mais experimental, explorando diferentes possibilidades antes de chegar a uma conclusão. 

Já o Cuidador prioriza o impacto de suas decisões sobre os outros, buscando sempre promover equilíbrio e harmonia dentro da equipe.

Ao entender como cada arquétipo influencia a tomada de decisão, os gestores podem criar um ambiente onde diferentes estilos se complementam, garantindo que a empresa tenha equilíbrio entre inovação, estabilidade e eficiência operacional.

Qual é a influência dos arquétipos na gestão de pessoas?

Os arquétipos influenciam diretamente a gestão de pessoas, pois ajudam a compreender o comportamento dos colaboradores e a direcioná-los para funções alinhadas aos seus perfis. 

Cada arquétipo reflete padrões de motivação, liderança e interação, permitindo que o RH personalize abordagens para engajamento e desenvolvimento profissional

Além disso, os arquétipos ajudam os líderes a adaptarem sua comunicação e estratégia de gestão conforme os perfis de suas equipes. 

Entender essas diferenças colabora na estrutura de treinamentos e políticas internas que maximizem o potencial de cada profissional, fortalecendo a cultura organizacional e a produtividade da empresa.

 

Como o conceito de arquétipos pode ser aplicado no RH?

Mulher apresentando quadro de vidro com post-its para equipe

A aplicação dos arquétipos no RH permite entender padrões comportamentais, otimizar a comunicação e estruturar equipes de forma estratégica

Com base nesses perfis, o RH pode criar políticas personalizadas para motivação, liderança e desenvolvimento profissional, tornando a gestão mais humanizada e eficiente. 

Outro ponto relevante é a previsibilidade comportamental. Compreender o arquétipo predominante de um profissional permite antecipar como ele lidará com desafios, conflitos e mudanças organizacionais. 

É possível fazer recrutamento e seleção com base em arquétipos?

Sim, o uso de arquétipos no recrutamento e seleção pode tornar o processo mais preciso e estratégico, ajudando a identificar candidatos que possuem valores e comportamentos alinhados à cultura da empresa.

Uma pesquisa realizada pela PwC sobre cultura organizacional mostrou que 77% da gerência sênior se sente conectada ao propósito da empresa, e os demais profissionais representam 54%. 

Isso mostra o impacto de um recrutamento e seleção que visa a candidatos alinhados culturalmente com a empresa, e os arquétipos podem ser aliados nesse processo. 

Ferramentas como testes psicológicos e avaliações comportamentais podem ser utilizadas para mapear arquétipos já na fase de seleção. 

Dessa forma, é possível prever o estilo de trabalho do candidato e sua adaptação ao time, garantindo que ele seja direcionado para uma função em que possa desempenhar seu melhor papel dentro da empresa.

 

Como os arquétipos podem ser usados nas análises de comportamento?

A análise de comportamento com base em arquétipos permite que o RH compreenda melhor os colaboradores e sua forma de atuação. 

Esse processo pode ser feito por meio de testes psicológicos, avaliações de desempenho e observação do comportamento no ambiente de trabalho.

Com essas informações, a empresa consegue estruturar planos de desenvolvimento individualizados, melhorar a dinâmica dos times e alinhar melhor os profissionais às suas funções. 

O mapeamento de arquétipos também ajuda no desenvolvimento de lideranças, permitindo que cada gestor compreenda seu estilo de liderança e realize ajustes. 

Como usar os arquétipos para criação de perfis de vagas?

Para usar arquétipos na criação de perfis de vagas, o RH deve definir quais características comportamentais são mais adequadas para determinada função. 

Profissões que exigem inovação, por exemplo, podem buscar candidatos com o arquétipo Criador, enquanto cargos de liderança podem ser mais bem preenchidos por perfis Líderes ou Heróis, que possuem iniciativa e assertividade.

Isso permite que as descrições de vagas sejam mais estratégicas e voltadas para atrair candidatos que realmente tenham um fit cultural com a empresa. O resultado é um processo seletivo mais eficiente e a formação de equipes mais equilibradas e produtivas.

Mapeamento de perfis comportamentais com base em arquétipos

O mapeamento comportamental no RH permite entender padrões psicológicos e prever o desempenho dos colaboradores

Quando associada aos arquétipos de Jung, essa abordagem se torna ainda mais estratégica. 

Abaixo, algumas metodologias utilizadas no RH e como elas se conectam aos arquétipos:

  • DISC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade): classifica perfis em quatro categorias. Perfis dominantes se alinham ao Líder; influentes, ao Explorador; estáveis, ao Cuidador; e conformes, ao Sábio;
  • Big Five (cinco grandes fatores de personalidade): mede abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo. Perfis extrovertidos podem ter traços do Herói, enquanto conscienciosos se identificam com o Mago ou o Sábio;
  • MBTI (Indicador de Tipos Psicológicos de Myers-Briggs): classifica personalidades em 16 perfis. Executivos (ESTJ) tendem ao Líder, enquanto Idealistas (INFP) têm traços do Mago;
  • Análise Comportamental por Inteligência Artificial: utiliza IA para cruzar dados e prever padrões. Quando integrada aos arquétipos, ajuda a mapear líderes naturais, perfis inovadores e colaboradores que precisam de suporte.
 

Benefícios de uma gestão estratégica baseada em arquétipos

Com essa abordagem, os líderes conseguem entender melhor suas equipes e criar estratégias de desenvolvimento personalizadas, promovendo maior satisfação no trabalho.

Outro benefício importante é a melhoria na comunicação interna. Ao reconhecer os diferentes perfis dentro da organização, os gestores podem adaptar sua linguagem e abordagem, evitando ruídos e fortalecendo a colaboração entre os times. 

Além disso, a aplicação dos arquétipos torna a tomada de decisão mais ágil e certeira, já que permite antecipar comportamentos e planejar ações que estejam alinhadas ao perfil dos colaboradores.

Conclusão 

Com este artigo, pode-se concluir que o uso de arquétipos no RH representa uma abordagem viável para compreender e potencializar o comportamento dos colaboradores

Aplicar essa metodologia permite que as lideranças consigam otimizar processos de recrutamento, melhorar a comunicação interna, aprimorar a dinâmica de equipes e desenvolver lideranças mais preparadas para os desafios do mercado.

Com uma gestão baseada nesses princípios, o RH fortalece a cultura corporativa e contribui diretamente para o sucesso e crescimento sustentável da empresa

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