Ansiedade produtiva: como identificar os sinais e como lidar!
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Time Pontotel 13 de dezembro de 2024 Gestão de Pessoas

Ansiedade produtiva: conheça os sinais e como lidar com esse sentimento no local de trabalho!

A ansiedade produtiva é um estado emocional com consequências preocupantes para profissionais e empregadores!

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Sempre existiu no mundo corporativo a ansiedade ligada à pressão para cumprir prazos e alcançar metas. Mas o que se vê nos últimos anos é que esse tipo de “ansiedade produtiva” ganhou novos sintomas e se intensificou de maneira preocupante. 

A sensação constante de que o trabalho feito nunca é o suficiente está afetando a saúde mental de uma maneira que não se pode mais ignorar. Não se trata apenas do medo de estourar prazos ou bater o ponto no horário errado — a ansiedade produtiva vai muito além.

Este guia traz mais detalhes sobre os sinais da ansiedade produtiva e como lidar com essa condição no ambiente de trabalho. Confira abaixo o que será explicado mais adiante:

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Entenda o que está por trás da ansiedade produtiva no mundo do trabalho!

 

O que é ansiedade produtiva?

Ambiente corporativo, com um homem com às mãos no rosto, demostrando ansiedade no trabalho

A ansiedade produtiva é um estado emocional caracterizado por um medo incômodo de “não ser o suficiente”. Quem é acometido por esse tipo de ansiedade se sente pressionado a fazer mais, a ser mais eficiente, ou a alcançar padrões altíssimos que, muitas vezes, são impossíveis de serem mantidos por muito tempo.

Como ela se tornou um novo problema?

A vontade de ser útil, de realizar algo importante e de buscar validação sempre existiu. Mas o que acontece hoje é que a ansiedade produtiva atingiu um número muito maior de pessoas, e isso está diretamente ligado às expectativas cada vez mais altas que os profissionais colocam em si mesmos.

43% dos empregados atualmente relatam sintomas de ansiedade ou depressão, segundo a Pesquisa Global de Atitudes sobre Benefícios 2024, da consultoria WTW, divulgada na revista Exame.

O impacto é ainda mais sentido entre os jovens. Segundo um estudo da Workhuman divulgado pela Forbes, 30% dos jovens da Geração Z lidam com a ansiedade produtiva todos os dias, e 58% têm essa sensação várias vezes por semana.

A ansiedade produtiva, em vez de ajudar, pode gerar sintomas que são contraprodutivos. Ao contrário de motivar a produzir mais, essa condição leva ao esgotamento e à redução da capacidade de concentração e da energia para realizar tarefas importantes.

 

Quais os sintomas da ansiedade produtiva?

Os sintomas da ansiedade produtiva podem ser classificados em duas categorias principais: físicos e psicológicos. Sintomas físicos são os sinais que o corpo dá quando está sobrecarregado, enquanto os sintomas psicológicos estão ligados à forma como a mente reage a essa pressão para ser produtivo.

Veja uma lista dos sintomas divididos entre essas categorias:

Sintomas físicosSintomas psicológicos
Tensão muscular.Medo constante de não ser suficiente.
Dor de cabeça frequente.Dificuldade de relaxar e se desligar.
Cansaço excessivo.Sensação de culpa ao descansar.
Insônia ou sono agitado.Pensamentos repetitivos sobre metas.
Alterações no apetite.Medo de falhar ou decepcionar.
Problemas digestivos.Perfeccionismo e autocrítica exagerada.
Palpitações ou aceleração do coração.Sentimento de sobrecarga e esgotamento.
Respiração curta.Necessidade frequente de validação.

Pode ser difícil perceber quando os sintomas estão acontecendo, já que a ansiedade produtiva pode se camuflar como “dedicação” ou “esforço extra”. É importante ficar atento para perceber quando o corpo e a mente começam a mostrar esses sinais.

 

Quais os impactos da ansiedade no trabalho?

Além do impacto individual, a ansiedade no ambiente de trabalho pode afetar o clima e a produtividade de uma equipe. Confira os maiores impactos desse problema no mundo corporativo:

Aumento do absenteísmo e presenteísmo

As pessoas tendem a precisar se afastar mais vezes do trabalho quando estendem o horário do expediente várias vezes. No caso do presenteísmo, a pessoa está lá, mas se sente tão exausta mentalmente que seu desempenho é muito menor.

Thiago Liguori, médico e diretor de saúde da Pipo Saúde, explica que olhar para essas questões deveria ser uma prioridade: “Alguns estudos mostram que cada dólar investido em saúde mental retorna para a empresa à medida que ela gera impacto em absenteísmo, presenteísmo, custos de plano de saúde e qualidade de vida do colaborador”.

Diminuição da eficiência e inovação

A ansiedade produtiva faz com que o foco dos profissionais se volte para tarefas que precisam entregar “a qualquer custo”, sem dar espaço para novas ideias. Isso afeta a eficiência e, principalmente, a inovação — aspecto fundamental em qualquer empresa. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que transtornos como ansiedade e depressão custam cerca de 1 trilhão de dólares por ano à economia global devido à perda de produtividade. 

Piora na cultura organizacional

Se a ansiedade produtiva é algo frequente no ambiente de trabalho, isso começa a afetar o clima organizacional da empresa. As pessoas ficam mais tensas, há menos colaboração e uma cultura de valorização do trabalho excessivo começa a tomar conta. 

É um tipo de cultura organizacional que, além de ser prejudicial à saúde dos colaboradores, afeta a confiança e o espírito de equipe.

 

Como acabar com a ansiedade produtiva?

Pessoa escrevendo em um caderno, sobe uma mesa de ferro

Acabar com a ansiedade produtiva não é uma tarefa simples, mas é possível quando a empresa e o próprio profissional se comprometem a lidar com ela. Cada um dos profissionais pode experimentar algumas práticas que ajudam a reduzir essa pressão. 

Abaixo, confira algumas dicas para dar um basta na ansiedade produtiva.

Estabeleça limites

Saber dizer “não” e colocar limites é fundamental. Com tantas demandas no local de trabalho, é fácil cair na armadilha de querer fazer tudo, mas ninguém consegue “abraçar o mundo”. Se o horário de trabalho termina às 18h, deixe o que for possível para o dia seguinte.

Determine objetivos alcançáveis e realistas

É importante sonhar alto, mas quando a lista de metas está cheia de expectativas irreais, o resultado é, na maioria das vezes, a ansiedade. Portanto, é necessário definir metas alcançáveis nos prazos disponíveis. Uma visão clara do que é possível realizar torna o trabalho mais leve e evita a sensação constante de frustração.

Divida as tarefas em partes menores

Uma tarefa pode parecer impossível de concluir, e isso tende a gerar um estresse enorme nas pessoas. Uma alternativa simples é dividir cada projeto em etapas menores e realizáveis. Essa prática é excelente para aliviar a pressão e manter o foco em um passo de cada vez, em vez de afogar uma equipe na complexidade da tarefa toda.

Peça ajuda e construa uma rede de apoio

Lidar com tudo sozinho pode ser exaustivo e é uma das principais causas da ansiedade produtiva. Construir uma rede de apoio, tanto dentro quanto fora do trabalho, é uma forma de aliviar essa carga. Peça ajuda quando precisar, converse com colegas e, se possível, participe de grupos para compartilhar experiências sobre as maiores dificuldades.

Conclusão

Embora a ansiedade produtiva seja um problema coletivo, cabe a cada profissional identificar os sinais em si mesmo e tomar medidas para lidar com isso. A mudança começa com pequenas atitudes, como estabelecer limites, dividir tarefas em partes menores e buscar ajuda quando necessário.

Tanto as organizações quanto os indivíduos podem colaborar para reduzir os impactos da ansiedade produtiva, criando espaços de trabalho mais produtivos e, ao mesmo tempo, mais humanos.

Para mais insights sobre tendências do trabalho e tecnologias para as empresas, confira as novidades do blog Pontotel.

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