Alta liderança: as habilidades essenciais e como desenvolvê-las
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Time Pontotel 22 de abril de 2025 Gestão de Pessoas

Alta liderança: o que é, impacto na cultura organizacional e como desenvolvê-la

Descubra o que caracteriza a alta liderança, sua importância na cultura organizacional e como o RH contribui com a formação de líderes.

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Em qualquer empresa, independentemente do porte ou do setor, as decisões mais importantes quase sempre partem de um lugar: a alta liderança. Mesmo que o dia a dia da operação esteja nas mãos de gestores intermediários ou equipes de base, são as diretrizes da alta liderança que definem a cultura da organização e o tom das relações internas.

Nos últimos anos, empresas de diferentes setores começaram a perceber que uma liderança estratégica e bem preparada vai muito além de entregar resultados financeiros. O que acontece em cima, no nível mais alto de gestão, tem impacto direto em tudo que acontece no restante da empresa.

Este artigo explicará mais sobre o que é alta liderança e como sua empresa pode criar uma estratégia para formar líderes preparados para os desafios do mercado atual. Confira, na lista abaixo, o que será apresentado mais adiante:

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Chegou a hora de garantir que a liderança esteja à altura do que a empresa busca!

O que é alta liderança?

Alta liderança é o grupo de profissionais que ocupa as posições mais elevadas na hierarquia organizacional. Por definição, são cargos que fazem parte do nível estratégico de uma empresa, acima dos níveis operacionais e táticos.

Os cargos que compõem a alta liderança variam conforme o porte e a estrutura da organização, mas geralmente incluem: 

  • Chief Executive Officer (CEO), que exerce a função de principal executivo e lidera a empresa como um todo;
  • Chief Financial Officer (CFO), que responde pela gestão financeira e pelo planejamento orçamentário;
  • Chief Operating Officer (COO), que supervisiona as operações e garante a eficiência dos processos;
  • Chief Marketing Officer (CMO), responsável pela estratégia de marketing e posicionamento de mercado;
  • Chief Technology Officer (CTO), que lidera as inovações tecnológicas e o desenvolvimento de soluções digitais. 

Em conselhos de administração ou em empresas numerosas, outros cargos podem fazer parte da alta liderança, como presidentes de conselho, diretores estatutários e vice-presidentes executivos, todos com atribuições voltadas à condução estratégica e à geração de valor para a empresa e seus acionistas.

Como a alta liderança impacta a cultura organizacional?

Homem apresentando uma reunião com quatro pessoas em um ambiente profissional. Todos estão atentos e envolvidos na apresentação.

Mesmo sem estarem tão presentes fisicamente na rotina das equipes, as atitudes, os valores e as escolhas da alta liderança moldam o jeito como a empresa funciona, como as pessoas se sentem no ambiente de trabalho e como se relacionam umas com as outras. Entenda mais sobre esse impacto a seguir.

Retenção de talentos na empresa

A vontade de um talento de se dedicar e entregar o seu melhor na empresa está, muitas vezes, ligada ao tipo de liderança que ele encontra na rotina de trabalho. A alta liderança tem um papel determinante nisso, porque são esses líderes que estabelecem o clima de confiança, reconhecimento e propósito.

Não adianta cobrar desempenho e inovação se os líderes não inspiram confiança ou não criam um ambiente onde os talentos se sintam seguras para dar o melhor de si. Quanto mais inspiradores e humanos forem os líderes, maior será a taxa de engajamento e o desejo de fazer a empresa crescer junto.

Construção de um ambiente positivo 

A forma como as lideranças encaram os problemas, lidam com as pessoas e incentivam o trabalho em equipe é o que constrói (ou destrói) a cultura de um ambiente de trabalho. Uma pesquisa recente do LinkedIn mostrou que quase sete em cada dez profissionais nos Estados Unidos pediriam demissão para fugir de um chefe ruim. 

As gerações mais jovens são as mais suscetíveis a saídas por má liderança. Os millennials (77%) e a geração Z (75%) estão no topo da lista dos que mais largariam um emprego por causa de uma gestão de pessoas deficitária na empresa.

Engajamento e motivação dos colaboradores

O nível de engajamento e motivação de uma equipe é proporcional à postura dos líderes que estão no topo. Uma alta liderança que reconhece conquistas e incentiva a autonomia é capaz de fazer as pessoas se sentirem mais envolvidas com a missão da empresa, como explica Mariá Menezes Boaventura, diretora de pessoas e cultura da Sankhya:

“As pessoas se conectam e se sentem pertencentes à empresa também através da relação com a liderança, da relação com os pares e das oportunidades que elas têm de crescer e se desenvolver. Os líderes têm um papel fundamental nisso, pois é a partir deles que virão direcionamentos importantes, inspiração, empoderamento, desafios que vão levar os colaboradores a sentirem-se relevantes e que estão construindo algo que faz sentido.”

Uma relação de confiança gera um ciclo positivo: colaboradores mais engajados entregam mais resultados e participam das metas e decisões estratégicas. Porém, quando a liderança é indiferente ou desalinhada com o time, o engajamento despenca, e os profissionais passam a atuar no “modo automático”, sem conexão com os objetivos da empresa

Principais habilidades de um líder de alto nível

Apesar de cada setor demandar particularidades na gestão corporativa, quem ocupa o topo da hierarquia precisa ter uma combinação de habilidades em comum. São elas:

Visão estratégica e tomada de decisão

Uma das marcas registradas de um líder de alto nível é a capacidade de enxergar além do que está acontecendo no presente. Ter visão estratégica significa saber analisar o cenário atual e projetar onde a empresa deve chegar nos próximos anos. Mas essa habilidade vai além de pensar grande, e trata-se de:

  • Conectar tendências de mercado;
  • Entender os movimentos da concorrência;
  • Traduzir dados do mercado em ações para a empresa. 

Junto dessa visão, vem a aptidão para uma boa tomada de decisões, que é a habilidade de escolher o melhor caminho mesmo em situações de incerteza. O líder precisa ter confiança, avaliar riscos e agir com agilidade para que a empresa se mantenha alinhada com objetivos de longo prazo.

Capacidade de adaptação e inovação no mercado

Quem ocupa cargos estratégicos não pode se apegar ao “sempre foi assim”, porque o mercado não espera quem fica estagnado. A habilidade de se reinventar e conduzir a empresa por caminhos novos é um grande diferencial em ambientes competitivos.

Um exemplo claro foi a capacidade de adaptação de empresas do setor alimentício durante a pandemia de COVID-19, quando muitas redes de restaurantes reconfiguraram rapidamente suas operações..

Comunicação eficiente e influência organizacional

A influência surge da capacidade do líder de criar conexões, construir confiança e mobilizar as pessoas em torno de uma causa comum. No mundo corporativo, espera-se de CEOs e outros cargos de liderança em grandes empresas essa capacidade.

Daiane Jales, coordenadora de sucesso do cliente da Pontotel, explica a relação entre liderança e capacidade de comunicação com o restante da empresa: “Um bom líder precisa, antes de mais nada, ser um bom ouvinte. Isso é algo desafiador de desenvolver, requer prática e aprimoramento constante, mas com o tempo vai se tornando mais fácil”.

Ou seja, não é só falar bem, é entender as necessidades das pessoas e usar essa escuta para tomar decisões. A partir disso, a influência organizacional acontece de forma natural, porque as pessoas se sentem respeitadas e inspiradas a seguir aquele líder. 

Como o RH pode desenvolver uma liderança forte?

Três mulheres interagindo em um ambiente de trabalho moderno, trocando ideias e sorrisos durante uma reunião colaborativa.

Nem sempre o segredo para uma liderança forte está fora da empresa. Muitas vezes, os futuros líderes já estão ali, circulando pelos corredores e mostrando, em pequenas ações, que estão prontos para assumir mais responsabilidades. 

O RH, nesse contexto, é quem deve construir e conduzir esse processo, fortalecendo a liderança interna. Mas como fazer isso na prática? Existem ações-chave que o RH pode executar. Confira a seguir!

Identificação e desenvolvimento de talentos internos para liderança

Em muitas empresas, profissionais com grande potencial de liderança já fazem parte do quadro atual, mas ainda não foram identificados ou desenvolvidos. O trabalho do RH começa pelo mapeamento desses talentos, usando ferramentas como avaliações de desempenho, análise de competências e planos de desenvolvimento individuais

A ideia é encontrar pessoas que, além de resultados técnicos, também demonstrem características comportamentais alinhadas à cultura da empresa e com capacidade de influenciar e engajar equipes. 

Depois de identificados, esses profissionais devem ser acompanhados de perto, com feedbacks e oportunidades estruturadas para assumir novos desafios e desenvolver competências de liderança na prática.

Programas de treinamento e desenvolvimento para líderes

Mesmo profissionais talentosos precisam de preparo para liderar. Por isso, o RH pode investir em programas de capacitação contínua, que ajudem a transformar potencial em resultados concretos. 

Os programas podem incluir formações técnicas — como gestão de projetos ou finanças —, além do desenvolvimento de soft skills para a liderança moderna, como inteligência emocional, comunicação assertiva, resolução de conflitos e visão sistêmica. 

O RH pode estruturar essas ações em formatos variados: workshops, mentorias, treinamentos presenciais ou online e até imersões em projetos da empresa. O importante é que o aprendizado seja aplicável e que o líder se sinta seguro para conduzir as equipes.

Uso de tecnologia e dados na gestão estratégica

O desenvolvimento de líderes não pode mais ser feito com base apenas em percepções ou “feeling”. Atualmente, o RH tem à disposição uma série de ferramentas que tornam essa missão mais ágil.

Softwares de People Analytics, dashboards de desempenho e plataformas de gestão de talentos ajudam a transformar dados em insights sobre a performance e o comportamento dos líderes em formação. 

Com esses dados, o RH consegue personalizar ações de desenvolvimento, identificar gargalos de capacitação e medir o impacto real das iniciativas de liderança na cultura e nos resultados da empresa. 

Conclusão

Toda empresa que busca crescer de forma consistente precisa entender que, por trás de cada resultado sólido, existe um fator comum: a influência da alta liderança. Não se trata de uma posição privilegiada na hierarquia. 

A alta liderança direciona o negócio, inspira comportamentos e permite que a cultura organizacional esteja viva em cada decisão.

Diante disso, fica evidente que o desenvolvimento da liderança não pode ser encarado como uma ação pontual. Pelo contrário, formar líderes é uma missão que precisa acompanhar os novos perfis e desafios que toda organização enfrenta.

Se quiser mais insights sobre gestão de pessoas e tecnologias para a realidade das empresas, aproveite para conferir as novidades do blog Pontotel.

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